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Exposição "não me peça que lhe dê pormenores", de Ana Vidigal

Ana Vidigal - "não me peça que lhe dê pormenores"
Ana Vidigal - "não me peça que lhe dê pormenores"

“Este livro é um objecto de memória, quase um diário […] um Tempo. Tempo que guardei e plastifiquei, para memória futura.”


Ana Vidigal trabalha sobre sedimentos, despojos, memórias, cartas, fotografias, a vida. Pinta quem é como outros escrevem quem são. O seu trabalho artístico, de certa forma, é um abrir de caixas, caixas, caixas. Desde os anos 80, ainda a frequentar a Escola de Belas Artes de Lisboa, que Ana Vidigal faz livros de artista. Não são livros de projetos, ou de esboços, nem são livros de ideias. São obras. Marcada pelo humor e ironia, a obra de Ana Vidigal é também altamente politizada e crítica. A aparente simplicidade
e proximidade dos materiais que escolhe, marcados por uma imagética infantil, algo pueril e popular, permite que a artista aborde temas fraturantes da sociedade portuguesa como o papel que é atribuído à mulher, o racismo, a questão colonial.

Ana Vidigal nasceu em Lisboa em 1960. Concluiu o Curso de Pintura da Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa em 1984. Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian (1985/1987). Estágio de Gravura em Metal com Bartolomeu Cid, Casa das Artes de Tavira (1989). Pintora residente do Museu de Arte Contemporânea – Fortaleza de São Tiago, Funchal (1998/1999). Em 1995 e em 2002 foi convidada pelo Metropolitano de Lisboa para a execução de painéis de azulejos para as estações de Alvalade e de Alfornelos (construída). Em 1997 executou, a convite do Instituto Português do Património Arquitetónico, uma chávena em porcelana integrada no projeto “Um Artista, um Monumento”. Ilustra o livro de poemas infantis “Como quem diz” de António Torrado/ Assírio e Alvim, 2005.

Exposição patente de 5 de novembro de 2022 a 5 de março de 2023 na Sala de Leitura do Centro de Documentação e Investigação Mestre Rogério Ribeiro, na Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea.