A Imargem, no âmbito da IV Bienal de Desenho de Almada, exibe no solar dos Zagallos uma exposição retrospetiva da obra do pintor Rogério Amaral.
Pintor expressionista e impressionista, que realizou a sua 1ª Exposição em 1954 na Galeria de Março, afirmava que "pintar é um ato de felicidade". Em 1989, numa entrevista a Gonçalves Filipe para o jornal “O Século,”deixou as seguintes declarações:

Em 1989, numa entrevista a Gonçalves Filipe para o jornal “O Século,” o pintor deixava a sua sobre :
 “ O pintor deve ser disciplinado e a pintura concebida na tela. É na tela que temos a saída para as coisas que temos na cabeça, ajudados pelo material. Levo saudades do quadro  vou para casa. Tenho vontade de voltar a ele. Em frente do quadro é que encontro as soluções.”
   “ ...o gestual, o abstracto, a paisagem, foram pretextos para estar bem comigo próprio. Como tenho prazer em pintar, qualquer temática me seduz. Aliás, eu sou influenciado por razões de vária índole, situações do quotidiano e por emoções fortes. São estímulos interiores que transmito na tela.”
   “ O abstracto seduz-me particularmente no que isso me traz. É o tempo da interiorização.”
   “ Todo o artista pensa estar inserido numa determinada época ou corrente estética, mas cada um deve encaminhar-se pela sua própria sensibilidade e pela sua linguagem. Pintar é um acto de felicidade. E eu pinto o que me dá gosto e prazer inserido no meu tempo.”

Inauguração no dia 17 setembro às 16 horas.
Exposição patente de 17 de setembro a 23 de outubro.

Entrada gratuita

Sobre Rogério de Amaral
Nasceu em Lisboa em 1917.
Fez o Curso de Cerâmica na Escola de Artes Decorativas António Arroio. Desenvolveu práticas artísticas em Cerâmica, Pintura, Publicidade, Decoração, Cenografia e Escultura.
Recebeu os seguintes prémios e medalhas: Menção Honrosa, SNBA, 1954. 2º Prémio Silva Porto, SNI, 1956. 3ª Medalha, SNBA, 1957. 1º Prémio Silva Porto, SNI e 2ª Medalha, SNBA, 1959.
A Partir do inicio dos anos 60 começa a pintar regularmente e ao longo dos anos verifica-se um interesse temático pela paisagem e pelo corpo feminino que vão tomando, cada vez mais, um cariz abstratizante.
Em 1974 foi co-fundador do Grupo Paralelo com Alberto Gordillo, António Carmo, António Matos, António Trindade, Elisabete Teixeira Lopes , João Duarte, Lourdes Leite Luis Ralha. Em 1976 recebeu o Nika Grand Prix, Nikakai da Associação de Artistas, Tóquio.
Entra para a Imargem em 1982, ano em que dá uma entrevista a Francisco Faria Paulino, para o “Diário de Notícias”, Funchal.

Faleceu na Costa de Caparica, onde vivia, em 1996, tendo até aí, participado em toda a atividade artística da Imargem. Neste ano recebeu a Medalha de Ouro da Cidade de Almada, CMA.

Está representado no Museu de Arte Contemporânea de Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, Museu Municipal de Almada, Museu Municipal de Mirandela, Museu de Sófia na Bulgária e ainda em diversas coleções particulares.
Em 1999, a Câmara Municipal de Lisboa atribuiu o seu nome a uma artéria da Junta de Freguesia de Benfica.
Há referências à sua obra no Biographical Dicionary Portuguese 20th Century Artists de Michael Tannock e no Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses de Fernando Pamplona.

INFORMAÇÕES
Solar dos Zagallos
212 947 000 | solar@cma-almada.pt
Quarta-feira a Sábado: 10h-12h/14h-17h00
Domingos: 14h-17h00
Encerra às segundas-feiras, terças-feiras e feriados