Água, Ar e Ruído

Almada é rodeada por uma extensa moldura de água de 35 km, a nascente, a norte e a poente do seu território, apresentando especificidades geográficas e hidrogeológicas que contribuem para que a água seja um tema de grande importância.

A norte, destacam-se as vertentes que moldam a margem esquerda do rio Tejo, com arribas ribeirinhas que correspondem ao limite de distribuição norte de algumas plantas endémicas. A poente, uma vasta costa atlântica, de relevante interesse ecológico e grande procura turística, desde logo pela elevada qualidade ambiental das praias e águas balneares mantida ao longo de décadas.

Existem várias linhas de água no concelho, que drenam para o rio Tejo, para o interior, e para a planície litoral da Costa de Caparica.

A água para consumo humano tem origem subterrânea, uma vez que o concelho está localizado sobre o grande aquífero da Bacia do Tejo-Sado/Margem Esquerda, que abrange a Península de Setúbal e que assegura as necessidades hídricas do concelho. Os SMAS, Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Almada, asseguram a gestão pública de todo o ciclo urbano da água, desde as captações subterrâneas à rede de distribuição e abastecimento de água às populações, bem como o sistema de drenagem e tratamento das águas residuais.

No que respeita à qualidade do ar, as emissões resultantes do tráfego rodoviário são as que mais influenciam este parâmetro no Concelho de Almada, dadas as características marcadamente urbanas. A qualidade do ar em Almada é avaliada através da Rede de Monitorização da Qualidade do Ar de Lisboa e Vale do Tejo. O estado da qualidade do ar em Almada, que integra a “AML-Sul”, pode ser consultada na base de dados Qualar. Esta monitorização é complementada com a realização de campanhas periódicas, abrangendo todo o concelho, usando estações móveis e tubos de difusão.

A qualidade do ambiente sonoro em Almada depende, essencialmente, do volume e tipo de tráfego automóvel, sendo as zonas envolventes das vias e infraestruturas rodoviárias as mais perturbadas, tal como se pode observar na Carta de Ruído do Concelho de Almada. Seguem-se o tráfego ferroviário e o tráfego aéreo, produzido por algumas rotas de voo, na aterragem e descolagem do Aeroporto de Lisboa. A Câmara Municipal de Almada aprovou, em 2013, a Carta de Zonamento Acústico do Concelho, visando a atuação e gestão integrada no domínio do ruído ambiente, e desenvolveu o Plano Municipal de Gestão e Redução de Ruído, enquadrado pelo Decreto-Lei Nº 9/2007, de 17 de Janeiro.