No quadro das políticas nacionais e da União Europeia, os municípios têm um papel cada vez mais relevante na criação de comunidades sustentáveis e na promoção da inteligência urbana, prestando um serviço público de qualidade, adotando práticas e instrumentos que valorizem a sua performance pública e desenvolvam territórios eficientes na relação dos seus valores ambientais com o progresso socioeconómico e o bem estar da população.
Este esforço comum engloba várias componentes, incluindo a promoção de padrões de produção e consumo ambientalmente mais responsáveis, que levem à diminuição dos resíduos gerados, à redução da extração dos recursos materiais e energéticos, ao reaproveitamento dos materiais utilizados e à sua valorização num novo ciclo de vida dos produtos.
Este modelo de desenvolvimento, designado por Economia Circular, assenta na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia, considerando os subprodutos de cadeias produtivas como novas matérias-primas de outras cadeias de produção. Este “ciclo eficiente” promove a gestão sustentável dos recursos finitos, substituindo o conceito “linear” de “fazer-usar-descartar”, por novos fluxos circulares de reutilização, restauração e renovação, num processo integrado, que concorre para a concretização de vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS).

Transformar Almada num território circular e neutro em carbono constitui uma oportunidade para reforçar a capacidade de atuação da autarquia enquanto agente de mudança local e metropolitano.
A “Estratégia Almada Circular e Inteligente 2030”, agrega a inovação à sustentabilidade, visando simultaneamente acelerar o processo de descarbonização.
O desenvolvimento da Estratégia Almada Circular e Inteligente 2030 inclui:
- “Roadmap para Almada, Cidade Circular e Inteligente 2030”, que integrará a visão aspiracional de Almada para a concretização desse desígnio;
- Plano de ação-piloto;
- Sistema de informação, que permita agregar dados, suportar a monitorização e apoiar o planeamento;
- Plataformas de comunicação e participação, que permitem envolvimento ativo de atores locais e a participação do público.