A Lucinda, a Susana e a Justina receberam hoje as chaves das suas novas casas
«Estamos muito empenhados em dar resposta a todas as pessoas que estão à espera de uma habitação municipal.» A frase é do vereador Filipe Pacheco, que fala ainda de um trabalho «intenso, difícil, invisível e que é sempre posto em causa», numa intervenção em que elogiou as equipas que mudaram a vida destas pessoas.
«Só agradeço o que estão a fazer por mim», repete Justina Lopes, reformada de 68 anos, que recebeu hoje as chaves da sua casa. Lucinda Lopes vai ser sua vizinha. Candidatou-se àquele programa municipal para conseguir «alguma dignidade». Depois de uma vida inteira a trabalhar na hotelaria, com uma carreira contributiva considerada alta, reformou-se e deixou de ser capaz de suportar a renda da casa onde vivia. Quando a Câmara Municipal avaliou o seu pedido, ocupava uma sala de condomínio, sem cozinha.
Também Susana Reis não conseguiu acompanhar o aumento da renda que a nova proprietária lhe propôs. A Renata de 5 meses e a Iara de 13 anos, as duas filhas, foram a sua grande preocupação. «Esta casa é uma grande ajuda» para o futuro da família, suportada pelo salário mínimo, que ganha como assistente familiar na Santa Casa da Misericórdia de Almada.
Este dia é também «um sinal de esperança» para quem ainda aguarda pelo acesso à habitação, explicou o vereador Filipe Pacheco, depois da entrega de chaves e da assinatura dos novos contratos de arrendamento. Porque «a casa não é só um direito fundamental, é uma parte central das nossas vidas». O vereador garantiu ainda que a CMA está «a fazer um trabalho muito importante para gerir melhor o nosso parque municipal, reabilitá-lo e ter todas as casas entregues a famílias», sublinhando o esforço das equipas municipais. «Sempre que atribuímos uma casa é um dia excelente».