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Urbanismo
10 February 2021

Open House Lisboa estende-se até Almada

A 10.ª edição do Open House Lisboa decorre nos dias 25 e 26 de setembro de 2021.
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Desde 2012, conhecido e acarinhado como o evento anual que mostra a cidade como nenhum outro, o Open House Lisboa continua comprometido com a renovação e promoção da proximidade com a arquitetura.
  
No ano em que chega à 10.ª edição, a grande novidade é a extensão do roteiro de visitas até Almada no sentido de, não só aproximar quem habita as duas cidades, como de as relacionar através da sua paisagem natural e construída.
  
Com coprodução da Trienal de Lisboa e da EGEAC e contando com a parceria estratégica da Câmara Municipal de Lisboa, em 2021 o evento reforça-se com a celebração de um protocolo de cooperação com a Câmara Municipal de Almada (CMA).
 
Este ato formal entre a Trienal de Arquitectura de Lisboa e a CMA surge de uma vontade comum de estreitar as duas margens, unindo os territórios através do seu ex-libris comum que é o rio Tejo.
 
No fim-de-semana de 25 e 26 de setembro de 2021, o novo roteiro tem como fio condutor um olhar sobre as duas cidades, enquanto paisagens modeladas a partir de um elemento natural, a Água.
 
A ideia é do coletivo de arquitetura paisagista Baldios, o primeiro grupo de profissionais convidado para comissariar um Open House cujo principal objeto de trabalho é a paisagem.
 
Sob o tema «Os Caminhos da Água», o roteiro destaca o papel do rio Tejo e todo o seu subjacente potencial de prolongamento das duas cidades, convidando à descoberta de diferentes tipologias de edifícios que acompanham as linhas de água - ora visíveis, ora invisíveis ou extintas -  que definem a topografia marcante destes dois territórios e, consequentemente, a sua paisagem construída.
 
Inês de Medeiros, presidente da CMA, refere que «é com grande entusiasmo que recebemos, em Almada, a 10.ª Edição do Open House, que dará a conhecer o extenso património arquitetónico e a beleza deste território cuja paisagem é marcada pela presença do Mar, do Tejo e da relação com Lisboa. Abraçamos esta parceria com a Trienal de Arquitectura de Lisboa na certeza de que o Open House 2021 constituirá um desafio e uma oportunidade de compreender e projetar a margem sul do rio Tejo, que une três grandes concelhos e é essencial ao desenvolvimento da área metropolitana de Lisboa.»
 
Segundo Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, «numa altura em que o espaço público e o espaço comum da cidade assumem um protagonismo ímpar, impõe-se continuar a aproximar os cidadãos à arquitetura e ao património. Uma cidade não pode prescindir deste olhar, que é uma representação de como nos vemos enquanto comunidade e de como vemos o mundo. Acredito que a Trienal continuará, como sempre, a mostrar-nos o melhor desta manifestação artística, tão cosmopolita, universal e criativa.”
 
Para José Mateus, presidente da Trienal de Arquitectura de Lisboa, esta nova proposta de roteiro chega de forma natural, afirmando que «viver em Lisboa envolve um olhar permanente sobre o Tejo e Almada, que assim fazem parte da cidade, completando-se como um corpo com vários membros».
 
Em 2021, de 25 e 26 de setembro, o Open House Lisboa conta com uma 10.ª edição territorialmente ampliada, com um roteiro singular e acessível em que seguimos os caminhos da água que ligam Lisboa e Almada.

Sobre o Open House Lisboa
 
Desde 2012, o Open House proporcionou a visita de mais de 280 espaços que integram um atlas online acessível ao longo de todo o ano. Em 2020, respondendo às limitações da realidade pandémica, foram criados oito passeios sonoros para fazer ao ar livre que convidam a experienciar a cidade a partir do olhar de oito personalidades da cultura. Estão ainda disponíveis e podem ser ouvidos em [https://www.trienaldelisboa.com/ohl/programa]
 
Lisboa foi a 13.ª cidade a inscrever-se no mapa do Open House Worldwide, a rede que reúne atualmente 47 cidades distribuídas por diferentes continentes desde América (do Norte e Sul), África, Europa, Ásia e Oceania.
 
«Os Caminhos da Água», pelo coletivo Baldios
 
O Open House 2021 atravessa o rio para a outra margem e estende-se até Almada. Do Tejo e das linhas de águas que nele desaguam nasce o fio condutor do roteiro desta edição centrada na leitura das cidades enquanto paisagens modeladas a partir de um elemento natural.
 
Inspire-se e embarque numa expedição à arquitetura urbana pelos Caminhos da Água, explorando os percursos ancestrais de ligação entre as cidades e o rio que se sedimentaram ao longo das encostas e vales. Em Lisboa, estes caminhos revelam uma topografia profundamente humanizada que deu origem a terraços, muros, edifícios, jardins, aterros e encanamentos.
 
Em Almada são praias, angras, cais e infraestruturas industriais que rematam os vales curtos e encaixados, a contemplar Lisboa e o rio como elementos de uma Paisagem Comum.
 
Sigamos a Água!

Baldios – Biografia do comissariado
 
Baldios Arquitectos Paisagistas surge em 2012 como coletivo, na sequência da fusão do trabalho desenvolvido por cinco arquitetos paisagistas, em colaboração ou coautoria com diversas equipas interdisciplinares. Dedica-se à produção de paisagem, quer sob a forma de estudos e projetos de paisagismo, quer através da sua investigação.
 
Abarcando várias influências e discussões, a investigação e a prática da paisagem são assumidas como um esforço conjunto de disciplinas profissionais envolvendo investigadores que se debruçam sobre o território e a cultura contemporânea. Neste sentido, a produção de paisagem deverá ser um ato anónimo ou coletivo, em que o resultado do trabalho da Baldios é a principal referência identitária.