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22 September 2023

Semana Europeia da Mobilidade «O tempo do projeto piloto acabou»

«Sabemos todos o que temos de fazer, sabemos que temos de mudar os nossos comportamentos», afirmou a presidente da CMA, Inês de Medeiros, no encerramento do debate Ruas Vivas, que decorreu hoje, na Costa da Caparica.

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Almada, Semana Europeia da Mobilidade, Ruas Vivas, Costa da Caparica, Dia Europeu Sem Carros, conferência
A conferência "Ruas Vivas", na Costa da Caparica, encerrou a Semana Europeia da Mobilidade 2023. ©Florbela Salgueiro | CMA
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Almada, Semana Europeia da Mobilidade, Ruas Vivas, Costa da Caparica, Dia Europeu Sem Carros, conferência
Inês de Medeiros, presidente da CMA, na conferência "Ruas Vivas", na Costa da Caparica, que encerrou a Semana Europeia da Mobilidade 2023. ©Florbela Salgueiro | CMA
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Almada, Semana Europeia da Mobilidade, Ruas Vivas, Costa da Caparica, Dia Europeu Sem Carros, conferência
A conferência "Ruas Vivas", na Costa da Caparica, encerrou a Semana Europeia da Mobilidade 2023. ©Florbela Salgueiro | CMA
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Almada, Semana Europeia da Mobilidade, Ruas Vivas, Costa da Caparica, Dia Europeu Sem Carros, conferência
Em 2023, a Semana Europeia da Mobilidade aconteceu na Praça da Liberdade, na Costa da Caparica. ©Florbela Salgueiro | CMA

As cadeiras foram-se acrescentando à medida que as pessoas se iam juntando à conferência Ruas Vivas, na Praça da Liberdade, Costa da Caparica, com a qual se encerrou a Semana Europeia da Mobilidade 2023 em Almada.

O debate foi participado e reuniu técnicos municipais, eleitos e residentes da freguesia, que também tomaram a palavra para fazer perguntas, identificar problemas do dia a dia e contribuir para um debate participado sobre novas possibilidades de adaptar as ruas aos desafios atuais da sociedade.
 

Copenhaga começou com uma rua

«Temos obrigação de imaginar muitas coisas e é em conjunto que se fazem ruas melhores», desafiou um dos especialistas presentes, Daniel Casas Valle. Para este especialista da Urban Dynamics (https://urbandynamics.info/contact/), o grande desafio é trabalhar em conjunto, perceber interesses, conflitos e ambições. Mas, «já temos muitas ferramentas, agora é aplica-las e criativamente», sublinhou, deixando como contributo o seu livro “The future design of streets”, apresentado ontem em Gaia.

A cidade de Copenhaga, na Dinamarca, começou por cortar uma rua ao trânsito, em 1967, e é hoje uma referência ao nível das cidades sustentáveis, lembrou Rute Nieto Ferreira. Esta especialista, da Gehl (https://www.gehlpeople.com/), partilhou várias ideias, entre as quais uma experiência levada a cabo em Inglaterra, onde se fechou uma rua ao trânsito automóvel, apenas duas horas por dia, depois das crianças chegarem da escola. «Falamos de uma divisão mais justa do espaço público».
 

«Sem a população não conseguimos»

«A grande maioria das deslocações é para ir trabalhar», lembrou Inês de Medeiros, presidente da CMA. Por isso, «temos de ter consciência que estas grandes revoluções não se fazem eficazmente se não garantirmos a equidade social nestas resoluções».

Regressar a uma economia mais local, ao teletrabalho ou a outras formas de trabalhar, é preciso refletir mas, sobretudo agir e « pôr as políticas na rua».

«O tempo do projeto piloto acabou. Sabemos todos o que temos de fazer, sabemos que temos de mudar os nossos comportamentos». Mas deixou o repto, «sem a população não conseguimos».

Esta Semana Europeia da Mobilidade que hoje terminou «marca o início de um esforço de reflexão, que não acaba com a semana, é para continuar», rematou.