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20 May 2023
20 May 2023 15:00
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Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea
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Conversa sobre ARTE CONTEMPORÂNEA E SUSTENTABILIDADE

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Conversa sobre ARTE CONTEMPORÂNEA E SUSTENTABILIDADE
Conversa sobre ARTE CONTEMPORÂNEA E SUSTENTABILIDADE

Com a atual crise climática que vivemos, a ação que conduz à sustentabilidade é uma urgência. Como é que a Arte Contemporânea tem abordado a sustentabilidade? Que papel pode ter para instigar consciências e inspirar práticas sustentáveis?

Nesta conversa, iremos debater sobre estas questões com alguns artistas contemporâneos cujas suas obras são um manifesto à sustentabilidade.

 

Destinatários: todos, a partir dos 15 anos

Oradoras: Maja Escher, Rui Soares Costa, Stela Barbieri e Luísa Schmidt (moderadora)

N.º de participantes: máximo 50

Requer inscrição prévia através do e-mail marcar.cac@cm-almada.pt

 

[Conversa integrada nas comemorações do Dia Internacional do Museus – tema anual: Museus, Sustentabilidade e Bem-Estar]

 

 

Luísa Schmidt é socióloga e investigadora coordenadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa onde coordena o OBSERVA – Observatório de Ambiente, Território e Sociedade. Faz parte da equipa que introduziu a Sociologia do Ambiente em Portugal, tanto na investigação, como no ensino, como na articulação entre academia e sociedade. Integra o Comité Científico do Programa Doutoral em “Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável”. É membro do Conselho Nacional do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e do Working Group for Sustainable Development no âmbito dos European Environment and Sustainable Development Advisory Council. Já escreveu 20 livros e mais de 100 artigos científicos e é coordenadora de vários projetos de investigação. Recebeu o Prémio Personalidade Visão Verde em 2022. É também colunista regular do Jornal Expresso sobre questões ambientais.

Maja Escher é a artista que tem perseguido a ideia utópica de criar uma máquina de fazer chuva. Tem trabalhado a terra como elemento gerador, tanto no plano físico e matérico, como na sua dimensão poética e simbólica. Nasceu e cresceu perto da barragem de Santa Clara, uma região densamente povoada por monoculturas de eucaliptos e por estufas de agricultura intensiva, na área do perímetro de rega do Rio Mira. Nos últimos anos, o nível da água da barragem baixou drasticamente, tal como a água do poço do seu monte.  Esta constatação levou a artista a iniciar pesquisas sobre água e chuva procurando articular sabedoria popular (histórias, canções, ditados e adivinhas...) com informação científica. Usa desenhos, fotografias, objetos encontrados, práticas colaborativas e métodos de trabalho de campo na sua investigação sobre métodos e engenhos para encontrar, coletar e conservar a água. A sua relação com os elementos, lugares e pessoas é a essência das suas instalações artísticas.

Rui Soares Costa assenta o seu percurso na interseção entre arte e ciência. Estudou Pintura no Ar.Co, Lisboa, enquanto se formou, doutorou, fez pós-doutoramento e investigação em Psicologia Social e Neurociências Cognitivas entre Lisboa e os EUA. Interessado em processos cognitivos como a memória de pessoas ou a ordem temporal, trabalha desde 2013 exclusivamente como artista plástico. A sua prática e investigação focam-se na perceção e representação do tempo, mediante a sua suspensão, distensão e compressão. O seu trabalho debruça-se sobre as consequências da Humanidade em diversos dos sistemas do planeta, das alterações climáticas e a subida do nível médio das águas do mar, ao Antropoceno. Promove no seu atelier as residências artísticas Bull’s Eye, por onde já passaram mais de cinco dezenas de artistas. Está representado em coleções em Portugal, Espanha, Alemanha, Índia, Holanda e Suíça. É representado pela Galeria das Salgadeiras, em Lisboa.

Stela Barbieri é artista, educadora, autora, contadora de histórias e consultora nas áreas de educação e arte. Como artista tem-se dedicado a aprender com a natureza e a dar atenção aos seus movimentos. Nas suas obras (desenhos, pinturas, instalações, oficinas, cursos e ateliês) ocupa-se da ecologia das relações nas várias interações e expressão dos corpos e materialidades, narrativas e fabulações. Dirige o Binah com Fernando Vilela, um ateliê, lugar de invenção e experiências com e a partir da arte. Foi curadora educacional da Fundação Bienal de São Paulo de 2009 a 2014 e dirigiu a ação educativa do Instituto Tomie Ohtake em São Paulo de 2002 a 2014. Foi conselheira da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi assessora de artes na Escola Vera Cruz por 32 anos, e de várias escolas e museus no Brasil e exterior. É autora de vários materiais didáticos e recursos educativos, tendo já publicado mais de 30 livros infanto-juvenis sobre as relações entre arte, educação e natureza.