Inaugurada em 1969, segundo projeto dos Arquitetos Nuno Teotónio Pereira e Nuno Portas, encontra-se implantada em área definida, por Plano de Pormenor, como zona do novo Centro Cívico de Almada (1947);

Obra influenciada pela ligação de Teotónio Pereira ao Movimento de Renovação da Arte Religiosa, cuja crítica ao regime o colocava contra a subordinação estética da Igreja Católica aos modelos arquitetónicos “oficiais” do Estado Novo;

A arquitetura reflete um período de mudança social na relação com o divino, no qual se pretendia alargar a influência da Igreja a outras áreas da vida social e urbana, promovendo a solidariedade através do exercício da cidadania;

Esta nova abordagem caracterizou-se, ao nível do traçado e dos materiais utilizados, pela austeridade e despojamento das fachadas e da estrutura e decoração interiores;

Possui uma planta poligonal, irregular e voltada a sudeste, com fachadas em betão armado rebocadas. A fachada principal encontra-se orientada a norte, apresentando empena triangular. A torre sineira localiza-se a sul, sendo a nave única atravessada por transepto;

No altar-mor, destacam-se a cruz com a figura de Cristo Crucificado colocada na abside do lado da epístola e, do lado do evangelho, uma tela monumental da Assunção da Virgem Santa Maria, esta da autoria do arquiteto Sousa Araújo. A parede posterior ao Sacrário contém um painel de azulejos do pintor Manuel Cargaleiro, o mesmo autor dos painéis da Via Sacra espalhados pelas paredes da nave da igreja.

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