Esta iniciativa, organizada pelo GAT Almada (Grupo de Ativistas em Tratamentos), com o apoio da Câmara Municipal de Almada, pretende alertar a população para a importância do rastreio deste e outros tipos de doenças sexualmente transmissíveis.
“Basta estar vivo para ser grupo de risco”, são palavras do Dr. Tato Marinho, diretor do Programa Nacional das Hepatites Virais da DGS, que considera Almada “um município muito atento e muito interventivo nesta questão da saúde e das doenças que são possíveis tratar e controlar”.
Sendo doenças “silenciosas”, a deteção precoce revela-se essencial para a fase de tratamento, pois quanto mais cedo forem diagnosticadas maior a taxa de sucesso da recuperação.
O processo de testagem é muito simples, rápido e anónimo. São realizados 3 testes, Hepatite C, Sífilis e VIH, similares aos autotestes para a COVID-19, apenas com uma gota de sangue. O resultado diz se já tivemos contacto com alguma das doenças até aos últimos 3 meses. É aconselhável a repetição do teste três meses depois.
Às segundas e terças-feiras, a Unidade de Saúde Móvel circula por várias freguesias do concelho. Às quartas, quintas e sextas-feiras, os rastreios são realizados no Centro Integrado de Respostas de Saúde e Sociais de Almada, onde se realizam também consultas de PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), consultas de hepatites virais e de outras doenças sexualmente transmissíveis.
No rastreio desta terça-feira, estiveram presentes o Dr. Tato Marinho, Luís Mendão, diretor das políticas de saúde do GAT e o Dr. Nuno Marques, diretor do Serviço de Infeciologia do Hospital Garcia de Orta, que sublinhou o trabalho desenvolvido pela GAT na Unidade de Saúde Móvel, que tem detetado grande parte dos casos de VIH e Hepatites B e C recebidos no HGO.