16.º Concurso Nacional de Leitura
O concelho de Almada associa-se a mais uma edição do Concurso Nacional de Leitura. Esta iniciativa tem como objetivo estimular o gosto e o prazer da leitura dos alunos do Ensino Básico e Secundário, com vista a melhorar o domínio da língua portuguesa, a compreensão leitora e os hábitos de leitura.
A 16.ª edição do Concurso Nacional de Leitura (CNL) teve início a 12 de outubro de 2022 e decorre até 3 de junho de 2023. O CNL desenvolve-se em três fases – Fase Escolar/Municipal, Fase Intermunicipal e Fase Nacional – e dirige-se a alunos do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e Secundário de escolas agrupadas e não agrupadas.
A Fase Escolar/Municipal, que está a decorrer desde 14 de novembro do ano passado e termina no próximo dia 10 de março, divide-se em dois momentos: Fase Escolar, com provas a realizar nas Escolas e/ou Agrupamentos, e Fase Municipal, com provas a realizar na Biblioteca Municipal.
As provas da Fase Municipal em Almada realizam-se nos seguintes dias:
- 16 de fevereiro – Prova escrita on-line, cujo objetivo é selecionar os 5 melhores alunos concorrentes de cada ciclo de ensino que passam à prova presencial.
- 23 de fevereiro – Prova pública de palco, cujo objetivo é selecionar os 3 finalistas de cada ciclo de ensino, que irão representar o concelho de Almada na Final da Área Metropolitana de Lisboa. Realiza-se na Biblioteca Municipal Almada – Fórum Municipal Romeu Correia, entre as 14h e as 18h.
Nesta etapa – provas da Biblioteca Municipal – participam os 108 melhores alunos selecionados de entre cerca de 1300 crianças do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário durante as provas da Fase Escolar.
Obras Selecionadas
Para as provas da Biblioteca Municipal foram escolhidas as seguintes obras:
1.º Ciclo
“Os peixes que fugiram da história” de Maria João Freitas
Há uma série de cartazes colados nas árvores de A-Ver-O-Mar. Parece que vários peixes deixaram de ser avistados no mar há demasiado tempo.
O João, a Rita e o André querem saber porquê. Contam com as suas famílias, gente que vive do que o mar dá, para compreender este mistério: o Capitão, avô paterno do João e verdadeiro lobo do mar; o tio da Rita, que é pescador; ou o pai do André, chefe de cozinha do restaurante Neptuno...
Todos sofrem as consequências da falta de peixe no mar. Mas quem serão os culpados?
2.º Ciclo
“A Casa das Bengalas” de António Mota
O avô Henrique fica viúvo e tem de abandonar a aldeia de Torna-Ó-Rego para viver na companhia da família, mas na cidade. O avô não consegue, porém, adaptar-se à vida citadina. A única alternativa passa por mudar-se para um lar de idosos.
Uma história comovente, tão real quanto atual, de um avô a braços com a solidão, de uma família que se debate com a falta de tempo para o avô e de um neto que não se esquece dos ensinamentos do "velho" e por isso está sempre pronto a satisfazer as suas pequenas vontades.
3.º Ciclo
“O vício dos livros” de Afonso Cruz
Na biblioteca do faraó Ramsés II estava escrito por cima da porta de entrada: «Casa para terapia da alma». É o mais antigo mote bibliotecário. De facto, os livros completam-nos e oferecem-nos múltiplas vidas. São seres pacientes e generosos. Imóveis nas suas prateleiras, com uma espantosa resignação, podem esperar décadas ou séculos por um leitor.
Somos histórias, e os livros são uma das nossas vozes possíveis (um leitor é, mal abre um livro, um autor: ler é uma maneira de nos escrevermos).
Nesta deliciosa colheita de relatos históricos e curiosidades literárias, de reflexões e memórias pessoais, Afonso Cruz dialoga com várias obras, outros tantos escritores e todos os leitores.
Ensino Secundário
“Retorno” de Dulce Maria Cardoso
1975, Luanda. A descolonização instiga ódios e guerras. Os brancos debandam e em poucos meses chegam a Portugal mais de meio milhão de pessoas. O processo revolucionário está no seu auge e os retornados são recebidos com desconfiança e hostilidade. Muitos não têm para onde ir nem do que viver. Rui tem quinze anos e é um deles. 1975. Lisboa. Durante mais de um ano, Rui e a família vivem num quarto de um hotel de 5 estrelas a abarrotar de retornados — um improvável purgatório sem salvação garantida que se degrada de dia para dia. A adolescência torna-se uma espera assustada pela idade adulta: aprender o desespero e a raiva, reaprender o amor, inventar a esperança. África sempre presente, mas cada vez mais longe.
Júri das Provas de Palco
O júri que irá avaliar a prestação dos cinco concorrentes de cada ciclo de ensino que passaram a este momento é constituído por três elementos: um representante da Biblioteca Municipal, o Coordenador Interconcelhios da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) para o concelho de Almada e uma personalidade de reconhecido mérito nas áreas da leitura e da escrita, tendo consideração pelo perfil etário dos concorrentes.
O júri de cada um dos ciclos é composto por:
1.º Ciclo
- Coordenador Interconcelhios da RBE para o concelho de Almada – João Paulo Proença
- Técnica da Rede Municipal de Bibliotecas de Almada – Telma Marreiros
- Personalidade de Reconhecido Mérito nas áreas da leitura e escrita – Maria João Freitas
2.º Ciclo
- Coordenador Interconcelhios da RBE para o concelho de Almada – João Paulo Proença
- Técnica da Rede Municipal de Bibliotecas de Almada – Paula Salema
- Personalidade de Reconhecido Mérito nas áreas da leitura e escrita – Maria João Freitas
3.º Ciclo
- Coordenador Interconcelhios da RBE para o concelho de Almada – João Paulo Proença
- Técnica da Rede Municipal de Bibliotecas de Almada – Maria João Ferro
- Personalidade de Reconhecido Mérito nas áreas da leitura e escrita – Bruno M. Franco
Ensino Secundário
- Coordenador Interconcelhios da RBE para o concelho de Almada – João Paulo Proença
- Técnico da Rede Municipal de Bibliotecas de Almada – Davide Freitas
- Personalidade de Reconhecido Mérito nas áreas da leitura e escrita – Bruno M. Franco
Biografia dos jurados – personalidade de reconhecido mérito nas áreas da leitura e escrita
Maria João Freitas
Em criança, queria ser treinadora de uma equipa de futebol masculina (na verdade, era do Sporting) mas pouco tempo depois decidiu ser jornalista. No liceu apaixonou-se por Platão e Nietzsche, por isso foi para a Universidade Católica aprender Filosofia. A publicidade chamou-a e ela deu-lhe ouvidos. Trabalhou na EURO RSCG e TBWA e como freelancer para a JWT e a BBDO. Publicou artigos sobre publicidade e literatura em jornais e revistas (“Diário de Notícias”, “Público”, “Independente” e “Egoísta”) e editou uma revista sobre criatividade chamada “Alice”, para o Clube de Criativos de Portugal. Escreve sobre tudo e mais alguma coisa: vinho, joias, livros, azeite, Idade Média, anúncios, empreendimentos de luxo, linces ibéricos e peixes que desaparecem.
Bruno M. Franco
Escritor português nascido em setembro de 1990 e residente em Almada.
Licenciado em Radioterapia, trabalha no IPO de Lisboa.
Praticou natação de competição desde 2002 até 2016, representando o Clube Lisnave e o CIRL – Clube de Instrução e Recreio do Laranjeiro.
No currículo tem a publicação do romance policial “Segredo Mortal”. “Jogo Mortal” é o segundo livro da série “Mortal”.
Agrupamentos de Escolas e Escolas Não Agrupadas que participam nesta edição:
- Agrupamento de Escolas António Gedeão
- Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade
- Agrupamento de Escolas da Caparica
- Agrupamento de Escolas Carlos Gargaté
- Agrupamento de Escolas Daniel Sampaio
- Agrupamento de Escolas Elias Garcia
- Agrupamento de Escolas Emídio Navarro
- Agrupamento de Escolas Francisco Simões
- Agrupamento de Escolas Monte de Caparica
- Agrupamento de Escolas Prof. Ruy Luís Gomes
- Agrupamento de Escolas Romeu Correia
- Agrupamento de Escolas Trafaria
- Escola Secundária Fernão Mendes Pinto
- Escola Secundária Cacilhas -Tejo