Esta manhã, a presidente da CMA, Inês de Medeiros, afirmou que a apresentação deste estudo “representa um marco significativo no nosso compromisso com a segurança e resiliência do território” e que, pelas características do nosso território, “Almada tem, desde há muito tempo, uma atitude proativa no sentido de aposta muito na resiliência e na prevenção envolvendo as comunidades.”
Enquadrado numa estratégia de prevenção do Serviço Municipal de Proteção Civil, com o objetivo de tornar Almada mais resiliente, o Estudo de Risco Sísmico do concelho reúne conhecimento científico que vai alicerçar a preparação de planos e ações de socorro e emergência, apoiar a tomada de decisão e a priorização de eventuais intervenções e programas de reabilitação e reforço sísmico, bem como aumentar a preparação e a capacidade de resposta da população.
Do estudo fazem parte a caracterização da perigosidade sísmica, através do estabelecimento de cenários a considerar no planeamento de emergência, a identificação das zonas mais vulneráveis, as estimativas de danos nos edifícios, avaliando as infraestruturas vitais – bombeiros, hospitais e centros de saúde, escolas e acessos, e o conhecimento da perceção social do risco, das atitudes em relação à proteção sísmica
Patrícia Gaspar, Secretária de Estado da Proteção Civil, destacou a forma “exemplar” como a CMA tem investido na Proteção Civil, envolvendo todos os agentes locais, cidadãos e escolas. “Almada é um município que tem sabido, desde sempre, valorizar a área da Proteção Civil. (…) É, efetivamente, um exemplo de boas práticas que pode e deve ser replicado.”
A apresentação do Estudo de Risco Sísmico é, como explica António Godinho, diretor do Departamento de Proteção Civil, “o culminar de quatro anos de trabalho, que nos permitiu caracterizar o risco sísmico associado ao município de Almada.”
Para Laura Caldeira, presidente do Conselho Diretivo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), “este estudo é de grande relevância e um exemplo da colaboração institucional ao serviço da comunidade para o desenvolvimento de políticas de intervenção e proteção adequadas para a região, bem como fornecer informação e ferramentas para o planeamento urbano.”
Foi ainda desenvolvido um modelo de comunicação do risco, promovendo o conhecimento, direcionado para a comunidade escolar, com a participação da Escola Secundária do Monte de Caparica, que se pretende replicar a todas as escolas do concelho.
A encerrar esta sessão, Francisca Parreira, vereadora com o pelouro da Proteção Civil, defendeu que “trazer a Academia para a preparação do planeamento dentro das autarquias e nas diferentes dimensões da vida é fundamental. Contamos com o vosso saber, o vosso esforço e a vossa energia” e acrescentou que “não haverá sociedades preparadas para o risco se não se envolver a própria comunidade. (…) São os mais jovens que podem impulsionar comportamentos dentro das famílias” e contribuir para “uma comunidade mais preparada, mais resiliente.”