O Município de Almada aderiu, em outubro de 2018, através da subscrição da Declaração de Paris, ao Fast-Track Cities – Cidades na Via Rápida para acabar com o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH).
 
A Estratégia Local «Almada Sem SIDA» foi lançada em fevereiro de 2020, e esta terça, 18 de maio de 2021, numa reunião de trabalho que reuniu as entidades parceiras locais, foram apresentados:
 
- O diagnóstico de situação e perfil epidemiológico;
 
- As linhas orientadoras da Estratégia «Almada, Município Sem SIDA».
 
Para a presidente da Câmara Municipal de Almada (CMA), Inês de Medeiros, «a Estratégia “Almada, Município Sem SIDA” promoverá respostas inovadoras, produção e partilha de conhecimentos, para produzir uma transformação social positiva que contribua para uma Almada mais equitativa, inclusiva, responsiva, resiliente e sustentável».
 
A autarca almadense não esqueceu a importância do «trabalho em parceria, sabendo-se que esta prática se reverte em ganhos na saúde das pessoas e na construção de um município mais saudável», concluindo que «manteremos o nosso compromisso com a Declaração de Paris».
 
Durante a sessão de encerramento a vereadora com o Pelouro da Ação e Intervenção Social, Teodolinda Silveira, enalteceu este «momento de reflexão e partilha entre parceiros tão diversos, e que, sendo Almada um território de muitos, aberto a toda a diferença e sempre disponível para promover o combate a qualquer tipo de descriminação», e que permita, «a passos largos, realizar o caminho para o objetivo final de Almada, um Município Sem SIDA».
 
Diagnóstico de situação – Perfil epidemiológico VIH
 
No período de 2014 a 2017, a incidência no concelho de Almada foi de 21,9 casos por 100 000 habitantes, acima da média nacional (13,3).
 
Desde 2015, Almada tem uma taxa de novos disgnósticos superior à média do País, apesar de, em 2018, a taxa ter sido inferior, relativamente aos anos anteriores.
 
Foi também registado um aumento de 13,5% de novos casos entre janeiro de 2018 e agosto de 2020.
 
Proposta de Plano / Orientações estratégicas
 
Face dados apresentados, a equipa da Estratégia «Almada, Município Sem SIDA» apresentou uma proposta de plano e respetivas estratégias:
 
- Sessões de esclarecimento junto da comunidade escolar;
 
- Reforço da aplicação de testes rápidos nos serviços de saúde, sociais e da comunidade;
 
- Realização demais rastreios e reforço na distribuição de material, sobretudo nas zonas mais afetadas;
 
- Dinamização de campanhas de vacinação nas áreas mais afetadas pelo vírus da Hepatite C;
 
- Reforço da oferta de rastreios de outras infeções sexualmente transmissíveis;
 
- Promover a uniformização, monitorização sistemática e avaliação dos dados epidemiológicos de Almada nos serviços de saúde.
 
Quatro áreas de intervenção
 
- Prevenção: reduzir o número de novos casos (taxa de incidência) de infeção por VIH;
 
- Diagnóstico: aumentar o número de pessoas que são diagnosticadas;
 
- Tratamento: aumentar o número de pessoas com acesso ao tratamento e com carga viral indetetável;
 
- Estigma e discriminação: promover o combate ao estigma e à descriminação das pessoas que vivem com VIH.