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Saúde
29 January 2015

Câmara de Almada exige responsabilidades ao Ministério da Saúde

A grave situação nos Centros de Saúde e no Hospital Garcia de Orta no concelho de Almada levaram o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Judas, a exigir que o Ministério da Saúde assuma as suas responsabilidades.
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O presidente da Câmara Municipal de Almada (CMA), Joaquim Judas, tem expressado publicamente a sua grande preocupação em relação ao «desinvestimento e desumanização dos serviços de saúde prestados às populações do Concelho e da Península de Setúbal, que se vêm agravando de dia para dia por uma política desligada da realidade e das necessidades efetivas dos cidadãos». Por isso, exige que o Ministério da Saúde assuma as suas responsabilidades.
  No mês de janeiro sucederam-se várias situações que atestam o ponto de rutura a que se chegou:
 
- cerca de 70 mil utentes continuam sem médico de família (foi aberto concurso para 70 médicos de família, mas nenhuma vaga destinada ao concelho de Almada.

- o falecimento, no espaço de uma semana, de dois utentes em pleno Serviço de Urgência do Hospital Garcia de Orta (HGO).
 
- o pedido de demissão dos sete médicos responsáveis pelo Serviço de Urgência do HGO.
  A falta de diálogo por parte do Ministério da Saúde tem contribuído para o agravamento destes problemas. «O Ministro da Saúde recusa-se a ouvir os Municípios tanto relativamente ao grave problema dos cuidados de saúde primários e funcionamento dos centros de saúde, como relativamente à questão hospitalar, adotando uma política deslocada da realidade vivida pelas populações», explica Joaquim Judas.
  Segundo o presidente da CMA, a Administração Central afirma ter investido 120 milhões de euros no HGO, quando os estudos efetuados (designadamente pela Escola de Gestão do Porto em 2006) «apontam que a solução para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde na Península de Setúbal passa pela construção de um novo hospital no Seixal, que teria custado 70 milhões de euros».