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Fábrica de Moagem do Caramujo

Fábrica de Moagem do Caramujo
Fábrica de Moagem do Caramujo

A fundação da Fábrica de Moagem é indissociável do vínculo que relaciona o proprietário e respetiva família à atividade de transformação de cereais. Propriedade do industrial António José Gomes, encontrava-se equipada com as mais modernas máquinas da altura. Após a sua morte, incorporou na Sociedade Aliança. Os seus primeiros edifícios, localizados junto ao rio, entre o Beco do Paiva e a Rua da Praia, englobavam um cais de desembarque de trigo e embarque de farinha. O edifício assume-se como exemplo representativo da arquitetura industrial Modernista e importante testemunho etnográfico da vivência fabril e portuária no concelho de Almada.  

A fábrica foi alvo de um incêndio no dia 10 de Junho de 1897, tendo sobrevivido apenas as fachadas e as paredes-mestras. Entre 1897 e 1898, sob responsabilidade da Casa Hennebique, foi sujeita a reconstrução. Foi integralmente reconstruída em betão armado (ferro e cimento hidráulico), técnica de recurso exclusivo nunca antes executada em Portugal, e raramente no mundo. Nos anos 60, sofreu alterações, tendo-lhe sido acrescentados os silos de armazenamento. Até ao assoreamento do rio Tejo devido à instalação e expansão dos Estaleiros da Lisnave e da Base Naval do Alfeite, a unidade fabril tinha um cais para escoamento fluvial de produtos. Após a decadência das fábricas de cortiça, as zonas da Romeira e Caramujo degradaram-se consideravelmente, uma vez que sobreviveram escassas indústrias. Propriedade municipal desde 2002.

Nota: O edifício da Fábrica não é visitável.

Localização:
Rua Manuel José Gomes, 11 
Caramujo - Cova da Piedade

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