A localidade da Sobreda, a poucos quilómetros, era sítio de sobreiros. Aproveitando os recursos abundantes da zona, desde o início da 2.ª metade do séc. XIX a procura da cortiça aumenta, multiplicando as suas aplicações e alargando o seu mercado, até a nível internacional. Consequentemente, o valor da cortiça cresce de modo galopante e, na transição para o séc. XX, existiam já em Almada várias fábricas e companhias de origem portuguesa, que empregavam mais de 2 mil operários corticeiros. Também aparecem vários estabelecimentos de preparação e transformação da cortiça de menor dimensão, em zonas como o Caramujo, Romeira, Alfeite, Mutela e Cova da Piedade. 
Portugal torna-se o maior exportador de cortiça a nível mundial. Grande parte das exportações, de cortiça em bruto ou trabalhada, destinavam-se a Inglaterra e à Alemanha e as grandes fábricas de transformação pertenciam e eram dirigidas por britânicos. 
Ao longo de décadas, foram chegando famílias que vinham trabalhar nas fábricas de cortiça de Almada. O seu apogeu viveu-se entre 1930 e 1955. 

Localização:
R. Tenente Valadim, 10
2805 Cova da Piedade, Almada

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