Sendo hoje um espaço de memória reabilitado, foi em torno do Forte-Presídio que nasceu a povoação da Trafaria. O local foi mandado construir pelo Cardeal D. Henrique, em 1565, com a função de “lazareto”, para acolher viajantes de barco que precisassem de ficar de quarentena após o desembarque. A necessidade de prestar assistência espiritual aos viajantes em quarentena e à crescente população local levou à edificação de uma capela, dedicada a Nossa Senhora da Saúde.
No século XVII, sob o reinado de D. Pedro II, foi aqui erguido um forte, para complemento da defesa da capital, o qual foi sofrendo sucessivas alterações ao longo dos séculos. Em 1801, as fortalezas da margem sul do Tejo foram desativadas e, em 1815, o antigo lazareto foi transferido para a chamada Torre de São Sebastião da Caparica. Mais tarde, no contexto da Guerra Civil Portuguesa, a fortaleza foi reparada e utilizada como prisão militar. Entretanto, as instalações foram utilizadas para outros fins, como fábrica de guano de peixe ou habitação particular, mas já no início do século XX, o local voltou a ser presídio, conservando essa função durante períodos de grande agitação social e política, como o da implementação da República Portuguesa ou o de ditadura militar e Estado Novo. Depois de anos ao abandono, o edifício foi adquirido pela Câmara Municipal de Almada.

Nota: O Forte não é visitável.

Localização:
Trafaria

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