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Festivais
Teatro
14 June 2024

Conhecida a programação do 41.º Festival de Almada

O sempre aguardado Festival de Almada, que soma já 41 edições, foi hoje apresentado no Convento dos Capuchos. Nas datas habituais, entre 4 e 18 de julho, o Festival está de volta para “os 15 dias mais palpitantes da cena teatral portuguesa”.

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41.º Festival de Almada
Apresentação do 41.º Festival de Almada

 

Dezanove espetáculos de teatro, dança, música, malabarismo e cabaret vão percorrer oito palcos de Almada e Lisboa: Teatro Municipal Joaquim Benite, Centro Cultural de Belém, Escola D. António da Costa, Fórum Municipal Romeu Correia, Incrível Almadense e Academia Almadense.

“Estes espetáculos não têm nada em comum a não ser a excelência e a paixão de quem os faz”, afirmou o diretor artístico do festival, Rodrigo Francisco, na apresentação. A programação conta com a presença de alguns dos criadores, que marcaram as artes de palco nas últimas décadas, e um conjunto de artistas e companhias, portuguesas e estrangeiras, que marcam a criação contemporânea.

A presidente da CMA, Inês de Medeiros deixou “um agradecimento muito sentido e muito orgulhoso à Companhia de Teatro de Almada e a toda a equipa”, referindo que “são, de facto, extraordinários e todos os anos se superam. Obrigada a todos por mais esta edição do festival”.

Nesta edição podemos assistir a diferentes exemplos das correntes cénicas relacionadas com os criadores Eduardo De Filippo, Peter Stein, Robert Wilson e Lucinda Childs que delinearam, em épocas distintas, os caminhos do teatro e da dança que ainda hoje percorremos. 

Olivier Py, que dirigiu entre 2013 e 2022 o Festival d’Avignon, propõe um cabaret no qual encarna de novo o seu alter ego das últimas três décadas, Miss Knife, com canções da sua autoria. Do mítico teatro de Peter Brook – o Bouffes du Nord – chega um espetáculo de Samuel Achache baseado nos Lieder de Schumann. E é também a música – a célebre ópera Orfeu e Eurídice, de Gluck – que inspira a peça com que a jovem encenadora Jeanne Desobeaux encerra esta edição do Festival, a 18 de Julho.

O coreógrafo sérvio Josef Nadj regressa a Almada com o mesmo ensemble de bailarinos africanos que apresentou em 2022, desta vez com uma recentíssima criação, que estreia a 24 de Junho em Montpellier. Pela primeira vez no Festival, Mathilde Monnier apresenta um espetáculo de dança que causou furor em Avignon, e que conta com a participação de Isabel Abreu num elenco inteiramente feminino. O coletivo inglês Gandini Juggling mistura o malabarismo com o teatro e a dança, trazendo uma “carta de amor” ao célebre coreógrafo norte-americano Merce Cunningham. O Espetáculo de Honra 2024, votado pelo público no ano passado para regressar nesta edição, é Jogging, pela atriz libanesa Hanane Hajj Ali.

O teatro português está representado por algumas companhias independentes – Companhia de Teatro de Almada, Teatro O Bando, Companhia Olga Roriz, Artistas Unidos, Teatro do Bairro / Ar de Filmes, Causas Comuns –, e por uma geração de criadores mais jovens: as duplas Tiago Rodrigues / Tónan Quito e Inês Barahona / Miguel Fragata; o encenador galego Fran Nuñez; e o encenador e ator Ricardo Simões.

No ano em que se comemoram os 50 anos do 25 de Abril de 1974, o Festival de Almada homenageia A Barraca, uma das companhias históricas do teatro português, e o Museu Nacional do Teatro e da Dança inaugura uma exposição dedicada a estas companhias, que fará itinerância pelo país na segunda metade do ano e no ano que vem. 

A Pintora Ilda David, autora da imagem do cartaz desta edição, terá uma exposição no Convento dos Capuchos, e a Companhia de Teatro de Almada inaugura, em colaboração com o Arquivo Ephemera, a terceira de um conjunto de quatro exposições que nesta temporada dedica à Revolução dos Cravos. O escritor Rui Cardoso Martins é quem dirige a 11.ª edição da formação O sentido dos Mestres, este ano dedicada à dramaturgia.

Há ainda um ciclo de dez Colóquios na Esplanada, entre alguns dos criadores presentes em Almada e o público do Festival, e Jorge Vaz de Carvalho vai moderar um seminário dedicado ao tema Criação, Ideologia, Identidade. Todos os dias, ao final da tarde, na Esplanada da Escola D. António da Costa há concertos de música ao vivo, com entrada livre. As Assinaturas – que dão entrada em todos os espetáculos – podem ser adquiridas em ctalmada.pt, na bilheteira do Teatro Municipal Joaquim Benite, ou nas lojas FNAC, com o valor de 90€ (72€ para os membros do Clube de Amigos do TMJB).

Conheça a programação completa aqui