A cultura Hip Hop fez-se ver e ouvir, com demonstrações de graffiti, breaking e concertos, na inauguração da exposição “Filhos do Meio – Hip Hop à Margem”. Através de fotografias e vídeos inéditos, a exposição apresenta, nas palavras dos coordenadores da iniciativa, as origens do Hip Hop “não apenas como parte da expressão juvenil das margens de Lisboa, mas também como manifestação única de Almada, onde os ‘filhos do meio’ têm deixado uma marca distinta na música nacional”.
No momento da inauguração, Inês de Medeiros, presidente da CMA, sublinhou que “esta exposição sobre o Hip Hop faz muito sentido, porque Almada é a terra do Rock, é a terra do Hip Hop, o que significa que Almada é a terra da liberdade”.
Já o jornalista Rui Miguel Abreu, um dos coordenadores da exposição, afirmou que esta “é uma daquelas histórias felizes, porque nós sabemos quando é que começou, mas ninguém sabe quando é que vai terminar”.
Integrada nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, a exposição assinala também os 30 anos da coletânea “Rapública”, a primeira compilação de Rap português.
A cultura Hip Hop atraiu Daniel Freitas, músico/produtor e outro dos coordenadores e autores do projeto expositivo, “por ser uma cultura sem fronteiras e sem barreiras. É uma cultura que não tem propriamente uma cor ou uma raça. É aberta. Foi assim que me receberam e é assim que tento receber quem vem a seguir.”
O desafio, explicou Chikolaev, artista visual autor do projeto gráfico e expositivo, foi “trazer um pouco da rua para dentro de um museu e que esses dois mundos possam conviver harmoniosamente.”
Na abertura da exposição Inês de Medeiros afirmou ainda que “o 25 de Abril celebra-se relembrando, naturalmente, todos aqueles que permitiram que acontecesse, todos os resistentes e deve também celebrar-se com os movimentos que, de alguma maneira, desafiam e nos obrigam a ir mais longe naquilo que são os pilares da democracia, da liberdade e da fraternidade.”
Ao longo dos próximos meses há um programa complementar (um sábado por mês), onde a música, a dança e o graffiti vão estar em destaque através de oficinas e conversas.
A exposição pode ser visitada até 29 de março, no Museu de Almada – Casa da Cidade.
- Vídeo making of "Filhos do Meio - Hip Hop à Margem"
- Inauguração da exposição "Filhos do Meio - Hip Hop à Margem"
Programa complementar “À Margem”
9 de novembro
14h30 | Oficina de Breaking
Aula aberta de Breaking (breakdance) com o formador Mucha
16h30 | Conversas à Margem: “Almada como berço de uma cultura”
Convidados: Clay (Nexo), MC Nilton (Líderes da Nova Mensagem) e Kulpado (M.A.C.)
Moderador: Ricardo Farinha
Inscrição prévia: museus.comunica@cm-almada.pt
14 de dezembro
14h30 | Oficina de DJing | M/12
Aula de DJing com DJ Sahid & DJ Maddruga
Inscrição prévia: museus.comunica@cm-almada.pt
16h30 | Conversas à Margem: “Hip Hop e a descolonização de mentalidades”
Convidados: António Brito Guterres, Pedro Adão e Silva e Raquel Palmira
Moderador: Rui Miguel Abreu
Inscrição prévia: museus.comunica@cm-almada.pt
11 de janeiro de 2025
14h30 | Oficina de Produção / Beatmaking | M/12
Aula de produção musical com o formador Darksunn
Inscrição prévia: museus.comunica@cm-almada.pt
16h30 | Conversas à Margem: “Documentário Filhos do Meio”
Convidados: Alexandra Oliveira Matos, Luis Almeida (Many Takes) e TNT
Moderador: Ricardo Farinha
Inscrição prévia: museus.comunica@cm-almada.pt
8 de fevereiro de 2025
14h30 | Oficina de Escrita e MCing
Aula de escrita e interpretação com o formador TNT
Inscrição prévia: museus.comunica@cm-almada.pt
16h30 | Conversas à Margem: “A ética e o método do Hip Hop: como é que a mentalidade do hustle se aplica no mercado de trabalho, na indústria, no espírito do it yourself, na ideia de reciclagem através do sampling”
Inscrição prévia: museus.comunica@cm-almada.pt
Museu de Almada – Casa da Cidade
Terça a sábado | 10h-13h e 14h-18h
Mais informações:
museus.comunica@cm-almada.pt