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23 November 2023

«As bibliotecas escolares contribuem para a construção de uma cidade mais acolhedora, inclusiva e coesa»

Durante dois dias, Almada acolheu o 6. º Encontro de Bibliotecas Escolares, que teve como objetivo a partilha de boas experiências, a promoção de oficinas práticas e dar espaço à reflexão sobre o papel destas estruturas para a divulgação do livro e da leitura na comunidade.

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pessoas sentadas numa conferência
Foto de Florbela Salgueiro / CMA

Cerca de 70 pessoas inscreveram-se neste encontro, nos dias 22 e 23 deste mês, na Sala Pablo Neruda do Fórum Municipal Romeu Correia.

Coordenadores bibliotecários, professores, responsáveis da direção dos agrupamentos, técnicos municipais das áreas da educação e da cultura encheram a plateia e participaram nestes dois dias de trabalho.

Debates, oficinas práticas, leituras e partilha de casos de sucesso compuseram os trabalhos deste encontro, onde colaboraram ainda escritores, autores de podcasts e contadores de histórias, entre outros profissionais.

«As bibliotecas escolares têm de caber nos currículos»

«As bibliotecas escolares contribuem para a construção de uma cidade mais acolhedora, inclusiva e coesa», lembrou a vice-presidente da CMA, Teodolinda Silveira, no primeiro painel de discussão, moderado pela jornalista Sandy Gageiro, onde se pretendia refletir sobre como as bibliotecas ajudam a construir cidade.

«Num primeiro impulso foi preciso construir estes espaços e modernizá-los, mas são as pessoas que dão vida às bibliotecas», lembrou a autarca.

Rodrigo Francisco, diretor do Teatro Municipal Joaquim Benite, lembrou as tardes de leitura na antiga biblioteca, hoje arquivo municipal de Almada, e a importância destes espaços num tempo em que muitas famílias não tinham dinheiro para comprar livros.

Na plateia estavam «amigos professores», que mais tarde chamou de heróis, porque «desafiam os alunos para a aventura do teatro», lembrando ainda que a Companhia tem um serviço que leva atores profissionais para dentro das escolas.

«As bibliotecas escolares têm de caber nos currículos», defendeu o diretor do Agrupamento de escolas Romeu Correia, António Mateus. «É preciso fazer sentir aos professores a necessidade da biblioteca escolar, tal como precisam de mesas e cadeiras, de projetores e computadores».

Em jeito de conclusão, Teresa Santa Clara, da Rede Nacional de Bibliotecas Escolares, defendeu que é preciso ir além dos objetivos base, a promoção do livro e da leitura, e apostar na literacia dos medias e da informação, «fundamentais para a construção de cidadãos com espírito crítico, capaz de cruzar fontes, pesquisar e ir além da leitura integral».

 

Fotos de Anabela Luís e Florbela Salgueiro / CMA