O novo traçado, proposto pela Câmara Municipal de Almada, representa um avanço significativo na melhoria do transporte público, oferecendo uma alternativa rápida, eficiente e ecológica aos habitantes e visitantes das zonas costeiras e balneares. Acrescentando cerca de 6,6 quilómetros à atual rede, este novo troço permite uma ligação direta ao transporte fluvial, contribuindo para a redução da dependência do transporte individual e apoiando o compromisso de Portugal de atingir a neutralidade carbónica em 2050.
Além de promover um ambiente mais limpo e menos congestionado, espera-se uma diminuição significativa do tráfego automóvel nas principais vias de acesso à Costa da Caparica e Trafaria. O projeto também facilitará o acesso às praias da Costa da Caparica, beneficiando residentes e turistas, e promovendo o turismo local. As zonas habitacionais de Santo António e São João vão ser servidas pelo novo troço, incentivando o desenvolvimento económico da região e atraindo novos negócios e oportunidades de emprego.
O Metro de Lisboa vai iniciar de imediato os estudos técnicos necessários para a concretização deste projeto.
“O prolongamento do Metro permitirá ter um território mais coeso e ligado entre si, com mais alternativas de transportes públicos, mais ecológicos e sustentáveis”, referiu a presidente da CMA, Inês de Medeiros, na sua intervenção, apelando ainda ao governo para que “este projeto seja o meu e o vosso compromisso para as populações que servimos, assegurando a sua concretização com a maior diligência possível”.
O Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, revelou ainda que “a travessia Algés-Trafaria é neste momento uma prioridade para o Governo, essencial na colagem das duas margens e na construção de uma grande circular rodoferroviária da Área Metropolitana de Lisboa”.
Detalhes do Protocolo de Colaboração
O protocolo define os termos e condições de cooperação entre as partes, para o estudo, planeamento e concretização do projeto de extensão do Metro Sul do Tejo. O Metropolitano de Lisboa ficará responsável pela gestão do projeto, incluindo a elaboração do relatório de diagnóstico, avaliação da viabilidade técnico-económica do traçado, e realização de serviços de cartografia e topografia.
A CMA terá a responsabilidade de estabelecer as condições de inserção urbana do novo traçado, garantindo a harmonização com as áreas urbanas abrangidas.
A TML ficará encarregue de assegurar a articulação e gestão do projeto de expansão, incluindo estudos sobre tráfego e procura, bem como a harmonização das opções de transporte público com os demais modos de transporte e tarifário no contexto da área metropolitana de Lisboa. Esta iniciativa visa garantir infraestruturas de conectividade regional, promovendo a máxima eficiência e eficácia do serviço público de transporte de passageiros.