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Exposições
Exposições temporárias
Museu
11 December 2023 10:00

a

11 December 2024 18:00
Terça a sábado
10h-13h e 14h-18h
Biblioteca Municipal José Saramago
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Pôr as Ideias no Papel

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EXPO_POR_AS_IDEIAS_NO_PAPEL_DEZ_2023

A partir de dezembro de 2023, a arte tipográfica vai estar em destaque no átrio da Biblioteca Municipal José Saramago, no Feijó, através da exposição de três objetos que são testemunhos desta atividade de se «Pôr as Ideias no Papel»: Uma guilhotina manual, um agrafador e uma impressora plano cilíndrica Rapida Comercial, provenientes da antiga tipografia Delma e datados entre 1900 e 1950.

No final de Oitocentos existem já em Almada pequenas tipografias associadas a jornais locais, como O Almadense, O Sul do Tejo ou O Puritano, que asseguram também os chamados trabalhos comerciais. É uma «arte suja» que exige o domínio da composição – a «cheio», junção de caracteres/tipos de metal ou madeira, formando palavras, linhas e parágrafos, ou «de fantasia», mais minuciosa, tipo a tipo, com uma ou mais cores; da montagem do material composto para a máquina; da impressão, por prensagem direta da folha, através de elementos planos em relevo; do acabamento, embalagem e distribuição.

Ao longo do século XX, a tipografia assegura a difusão de ideias e notícias, mas também o fornecimento dos impressos e documentação de registo necessários ao funcionamento e gestão dos serviços, públicos ou privados.

Apesar da generalização do offset, a partir de meados da década de 1960 e da composição digital, nas oficinas é comum a coexistência das antigas máquinas de composição e impressão física de textos e imagens, com o novo processo físico-químico de duplicação fotográfica em películas para impressão, cabendo à mestria dos tipógrafos a rentabilização dos diferentes recursos, em função da diversificação do trabalho e das necessidades do mercado.

Em Almada, entre outras e com diferentes dimensões, sobressaem a Triunfadora (1932), Gráfica Almadense (1952), Tipografia Machado (1953), Silgráfica (1960), Delma (1961), Gráfica Progressiva de Cacilhas (1972), Trevo (1973), Batista & Vieira (1978, em atividade), Ideal de Cacilhas (1985), a Clássica (1976), Gráfica de Santo António (1986, em atividade), A.C. Camacho (1995, em atividade) e a Tipografia Lobão (1995, em atividade).

Esta mostra é um exemplo da memória da arte de colocar as ideias no papel, guardadas nas diferentes máquinas, equipamentos, publicações e documentação que, por doação ou recolha, integram as coleções do Museu de Almada e do Arquivo Histórico Municipal, e que está patente no átrio da Biblioteca Municipal José Saramago, no Feijó.