O HGO precisa de dadores regulares de sangue
“Um hospital sem sangue não funciona e o serviço de sangue só tem sangue para oferecer se tiver dadores”, explica Susana Rodrigues, diretora do Serviço de Sangue e Medicina Transfusional do HGO, evidenciando a importância de dar sangue.
A sua equipa conta com 40 pessoas, desde o serviço de secretariado aos médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de laboratório, que garantem que o sangue recolhido é seguro para o doente que o receber.
Em apenas 20 minutos, recolhem-se 470 ml de sangue por pessoa, o que pode ajudar a salvar até três vidas. Isto porque não é usado apenas no serviço de urgência ou nas cirurgias, quando alguém tem uma perda massiva de sangue e tem de receber uma transfusão.
Cada unidade de sangue recolhido é analisada e tratada, dividindo-se este líquido precioso em três componentes: plaquetas, eritrócitos e plasma. Cada um ajuda a tratar diferentes patologias e a tratar pessoas com cancro, anemia e outras patologias.
Idealmente, o HGO precisa de ter 20 dádivas diárias e sobretudo de ter dadores regulares. Um homem pode dar sangue de três em três meses, uma mulher de quatro em quatro.
Funcionários da CMA dão o exemplo
A maioria dos dadores chega ao HGO por conhecer alguém que precisou de receber uma transfusão (ou de um dos componentes do sangue), mas também por ser filho/a de um/a dador/a regular.
A história de Lúcia Quintela, Paula Gomes e Luís Pena, funcionários da CMA que vieram dar sangue dia 10 de março, não foge à regra.
“Tive um familiar que precisou e a partir daí fiquei sensibilizada”, explica Lúcia, trabalhadora dos Serviços de Saúde Ocupacional.
“Ajuda se calçarmos os sapatos dos outros”, acrescenta Paula. Quando a sua mãe ficou doente, os Bombeiros Voluntários de Cacilhas responderam massivamente ao apelo e isso não se esquece.
Já o Luís, da Divisão de Empreitadas Municipais, é filho de um dador e por isso faz questão e vir, com regularidade, dar sangue ao HGO.
Como ser dador
Dar sangue não dói, é rápido e seguro. Para ser dador basta ter mais de 18 anos, pelo menos 50 kg e ter hábitos de vida saudáveis.
Os voluntários fazem uma entrevista médica confidencial, para avaliar as condições de saúde do dador e garantir uma transfusão segura para os recetores. Depois, marcam o dia e a hora a que devem comparecer, tendo o cuidado de beber muita água/chá no dia anterior. Antes ou depois da dádiva, recebem um pequeno lanche e um café.
O Serviço de Sangue e Medicina Transfusional do HGO funciona todos os dias úteis: segundas, terças e quintas-feiras, das 9h às 15h; quartas e sextas-feiras, das 9h às 19h.