O Lugar do Pensamento Exaustão e esgotamento: uma reflexão filosófica sobre práticas artísticas no sul da Europa, palestra de Rita Barreira
Dia: 4 de dezembro | QUI
Horário: 19h00
Local: Biblioteca Central, Sala de Adultos
O Lugar do Pensamento
Exaustão e esgotamento: uma reflexão filosófica sobre práticas artísticas no sul da Europa, palestra de Rita Barreira
Os espaços de exaustão são práticas artísticas que resignificam a geografia que os determina (Rogoff, 2010); são despotencializações do espaço hegemónico (Deleuze, 1998) que abrem outras possibilidades sociais através de uma posição “situada”: subjetivam, deslocam, suspendem e desorientam as condições do conflito continuado em dado território, gerando por isso novas localizações críticas. São modos de movimento e coreopolítica social (Lepecki, 2021), são práticas de esgotamento das possibilidades disponíveis a partir de uma perspetiva situada (Perec, 2000), ambicionando novas formas de organização social (Haiven e Khasnabish, 2016). A exaustão é um conceito operativo e relacional pelo que permite desdobrar léxico estético e político a partir da materialidade (dispositivos mediais) e da performatividade (meios e relações de produção) de cada estudo de caso na tese que, embora distintos entre si, permaneceram e resistiram numa cronologia comum: entre a crise económica de 2008 e a crise sanitária da pandemia COVID-19. Quais as materialidades e performatividades destes espaços de exaustão no sul da Europa a partir de 2008 até à atualidade? Que possibilidades sociais são abertas por estas práticas artísticas?
Rita Barreira, licenciada em Filosofia (FLUL- UL 2010), completou os programas independentes em Fotografia Analógica e Digital (CENJOR, 2013), e o Curso de Gestão em Performance e Artes do Espetáculo (Fórum Dança, 2015). Mestrado em Crítica de Arte, Teoria e Curadoria (FBAUL) com a tese Topografia DIY na Baía de São Francisco (1945- 1965): Da Ascensão da Cultura Activista às Práticas Artísticas em Painterland no Vórtice de Jay DeFeo (2019). Candidata a doutoramento com o projeto «PIGS»: Espaços de Exaustão como Prática Artística no Sul da Europa e Investigadora no Instituto de História da Arte, NOVA- FCSH. A sua investigação circula as práticas artísticas com política, território, ativismo, coletivismo, auto-organização e autonomia. Posiciona a investigação como uma prática social em contexto académico e não académico. Entre as mais recentes produções destaca: artigos científicos como The Procession of the Sealed Doors, the Collective as a Liminal Space (TRANSLOCAL, n5, 2022), Bunkers and Urban Guerrillas in Lisbon (CAP-Urban Creativity, 2021); Performances e Exposições: Forro (video-texto, Hors-Lits 2023); Práticas Artisticas Confinadas: Resistência e Coletivismo na Pandemia COVID-19 em Portugal (CAC- Torres Vedras, 2022); Crónicas e Ensaios: Acqua Bassa (Revista Estrela Decadente, n°80, 2023); Quadrúmano (in Falso
Sol, Falsos Olhos, de Elisa Pône, GML, 2021).
Trabalhou em arquivo, documentação e comunicação em estruturas como o Rumo do Fumo e Fórum Dança. Coorganiza exposições, instalações, performances e conversas para a produção de espaço público (político).
Duração: 120 min
Público-alvo: público adulto em geral
Entrada livre sujeita à lotação da sala