Em meados do século XVIII, estabeleceram-se aqui os primeiros pescadores, originários de Ílhavo e do Algarve. Outrora uma pequena aldeia piscatória que começava também a dar lugar ao cultivo de cereais, vinha e produtos hortícolas nas chamadas “terras da Costa”, a Costa foi crescendo gradualmente.

Esta estância de Turismo que se beneficiou muito da construção da ponte sobre o Tejo, foi elevada a vila em 1985 e mais tarde, em 2004, elevada a cidade. Hoje está muito conectada ao turismo de sol e mar e aos desportos de onda (surf, etc.), oferecendo serviços, espaços e atividades muito diversificados, em mais de 13 kms de praias de areia branca, por onde passam cerca de 8 milhões de pessoas todos os anos.

Sendo a pesca uma das atividades mais importantes da região, quem visita a cidade (em especial no Verão) pode também assistir, ao final do dia, à chegada dos típicos barcos de pesca tradicional, os “meia-lua”, cuja característica principal são os seus olhos pintados na proa. A pesca tradicional com arte xávega (que consiste basicamente na largada de redes [‘artes’] no mar, que capturam o peixe à medida que são puxadas para terra por tratores) sobrevive ainda hoje na Costa da Caparica como património imaterial representativo da identidade do concelho.

Na cidade da Costa da Caparica, convidamo-lo a percorrer a famosa Rua dos Pescadores, que liga a praça principal ao paredão e às praias da frente urbana. Esta rua pedestre é a mais dinâmica e oferece variadas opções de restaurantes, comércio local, gelatarias e pastelarias, aliadas à animação de rua. Recentemente, esta artéria central da freguesia foi requalificada e recebeu uma coluna comemorativa com uma réplica do brasão da Casa da Coroa, junto à zona onde outrora se encontrava esta histórica habitação onde, reza a lenda, o Rei D. João VI comia caldeirada e pernoitava quando vinha caçar.

No bairro dos pescadores, de salientar também a Rua Mestre Adrião, mais conhecida por Rua 15, que é considerada a rua mais tradicional da Costa da Caparica. Com os seus fogareiros, enfeites, pinturas no chão e festas dos santos populares, a Rua 15 reflete a simplicidade e autenticidade das gentes da terra.

Destaca-se ainda, no centro da localidade, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, que sucedeu um pequeno templo de madeira e telhado de colmo erguido pelos primeiros habitantes da zona.

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