Exposição sobre a memória da infância e o seu universo lúdico recuando a um tempo anterior à massificação do brinquedo, onde a criatividade, a preciosidade do objeto, e, na maior parte das vezes, a invenção do próprio brinquedo eram os grandes aliados do brincar, prevalecendo o “faz de conta”. Canções, lengalengas, rimas e cantilenas fundem-se com histórias de brinquedos e narrativas de aventuras. Todas elas têm como pano de fundo uma Almada de cariz rural e fabril, a proximidade do rio e do campo, a rua como extensão do espaço doméstico e a promiscuidade entre uma cidade que se desenhava e um ambiente físico e cultural ainda vincadamente rural. Os brinquedos apresentados, cedência de almadenses e espólio do Museu do Brinquedo de Sintra, são hoje objetos de museu que superam a antiga funcionalidade lúdica remetendo-nos para outras infâncias e brincadeiras.