"Um adeus mais que perfeito" - A partir do romance de Peter Handke
16 jan. a 1 fev. | Teatro Municipal Joaquim Benite - 5ª, 6ª feira e sáb. às 21h e dom. às 16h
«Um adeus mais que perfeito» consiste na adaptação para teatro do livro de Peter Handke com o mesmo título. O romancista e dramaturgo austríaco conseguiu captar a essência do percurso de vida da sua mãe, e relatar a espiral de dor que a arrastou para um sofrimento que fez com que acabasse com a própria vida, aos 51 anos de idade. Escrita durante dois meses do Inverno de 1972, esta novela pode ser lida durante uma tarde. Abarcando uma vida que atravessou o surgimento do nazismo, a Segunda Grande Guerra, e a austeridade e o sofrimento que se seguiram, este relato convida-nos a mergulhar delicadamente numa memória ímpar, da qual o leitor emergirá encharcado e sem fôlego, a par com o narrador.
Peter Handke (Griffen, 1942) é um romancista e dramaturgo austríaco. Após os estudos de direito em Graz, publica a partir de 1965 as suas primeiras «Peças faladas». Até 1973, escreve ininterruptamente para teatro: «Insulto ao público», 1966; «Gaspar», 1967; «O pupilo quer ser tutor», 1969; «A cavalgada no Lago de Constança», 1970; «As pessoas desarrazoadas estão a desaparecer», 1973. Em seguida parece afastar-se da escrita dramática, nomeadamente durante a sua segunda estada em França (1973-1979). Só voltará a escrever para teatro em 1982, com «Pelas aldeias», uma peça estreada por Wim Wenders. Assina uma tradução de «Prometeu agrilhoado» apresentada no Festival de Salzburgo, em 1986, a que se seguiram dois textos importantes: em 1989, «A arte da pergunta ou Viagem ao país sonoro», e, em 1992, «A hora em que não sabíamos nada uns dos outros». Recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 2019.
Classificação: M/6 anos.
Texto Peter Handke | Adaptação e encenação Teresa Gafeira | Tradução Carlos Leite | Cenografia e figurinos Sérgio Loureiro | Luz Guilherme Frazão | Intérpretes Pedro Walter, João Farraia.