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Percursos de autor - Elvira Fortunato

Elvira Fortunato
Elvira Fortunato

Entrevista a Elvira Fortunato - Cientista

Em relação à sua ligação ao Concelho, como é viver aqui? O que significa para si ser de Almada?

Nasci, estudei e vivi em Almada a minha vida toda. Sinto Almada e quero o melhor para esta minha cidade e saber que o que faz pode impactar nacional e internacionalmente. Gosto muito de viver em Almada. Para já porque está perto do mar é, para mim fundamental. Um dos highlights que temos no concelho é exatamente essa costa de praias tão magistral, com este azul, o rio Tejo, a Arriba Fóssil, a Mata dos Medos e estamos também perto da Serra da Arrábida. Temos um concelho com identidade própria e com um ecossistema único, difícil de encontrar noutra cidade. Será bem melhor que o Silicon Valley americano, em condições de vida! Basta que as pessoas e quem mande o queira fazer e investir para isso!

 

E como é que são as pessoas daqui?

Em Almada, há aqui uma confluência de pessoas com várias origens, de fora de Portugal, mas também de outras regiões, criando aqui uma diversidade cada vez mais importante. Na equipa de investigação temos pessoas de várias partes do mundo, de várias regiões do país e com ela trocamos diferentes sabores de vida que servem também para temperar as nossas vidas. Isso é extremamente enriquecedor, até no trabalho científico.

 

Que lugares no concelho estão mais presentes na sua história de vida?

A Costa da Caparica, as praias, exatamente porque eram as minhas praias quando era pequena. Agora temos o Parque da Paz e uma série de novos equipamentos que não existiam na altura, mas as minhas recordações de infância são na Costa da Caparica, porque era onde fazia praia desde pequenina. Além das praias, um ex-líbris do Concelho de Almada, temos a Casa da Cerca, espaço de cultura e de exposições, a Praça São João Baptista com a Biblioteca, as zonas ribeirinhas de Cacilhas e da Trafaria, onde se come muito bem a nossa gastronomia e onde o peixe é rei. Mas é preciso sabermos explorar mais e melhor toda esta zona fronteira do rio e com janelas abertas ao mar! É preciso mostrar outras coisas que temos e que ainda se desconhecem, como autênticos tesouros arquitetónicos que temos e que precisam de ser recuperados e mostrados ao mundo!

 

O que é prioritário valorizar no Concelho?

Explorar mais a parte da natureza, criar ciclovias, mostrar o património e divulgá-lo, maximizar as parcerias com quem transmite o conhecimento… isto é, combinar o prazer e lazer, com o como saber fazer e criar a nossa própria prosperidade! Somos todos nós que desejamos com as nossas mãos o nosso futuro.

Em termos de valorização do território, a Costa da Caparica e a sua frente de mar e natureza deveriam ser valorizadas. Temos 13 quilómetros de extensão de praias de qualidade, muitas delas com bandeira azul, que deveriam ser melhor enquadradas e mais apelativas. A Costa da Caparica está praticamente como estava há 50 anos. Outra zona que precisa de intervenção a sério é a zona do Ginjal, desde que me conheço que está praticamente na mesma. Temos aqui uma riqueza natural tão grande e não tem sido bem aproveitada. Falta investir, claramente, nas acessibilidades, o metro até à Costa deveria ser uma prioridade.

Outra zona que também tem que ser valorizada não só pela localização, mas também pela extensão, é a Margueira e as zonas adjacentes.

 

Para ver a entrevista integral clique aqui.

Locais sugeridos:

  • Frente de praias da Costa da Caparica
  • Arriba Fóssil
  • Mata dos Medos
  • Casa da Cerca
  • Praça S. João Baptista
  • Zonas ribeirinhas de Cacilhas e Trafaria