“Era um dia claro e frio de abril, nos relógios batiam as treze (...)”, assim começa o romance “1984”, de George Orwell, publicado em 1949 e um dos mais influentes livros do século XX. Começa a falar do tempo, o tempo que passa e parece não passar.
A flexibilidade com que se vai do amor ao ódio é chocante, constante e, até, muitas vezes confusa. A guerra interna torna-se muito maior do que a externa. Esta obra-prima foi o último romance escrito por George Orwell, onde sistematizou com total mestria a sociedade e expôs a fundo a mente humana e as suas ciladas.

Todo o texto é de uma intensa reflexão, que nos causa, em diversos momentos, uma sensação de fragilidade e pânico, um sentimento impotente de agarrar o tempo na busca pela liberdade e o seu conforto, num país chefiado com mãos de ferro, que sustenta uma hierarquia constante e inquestionável e baseia a obediência do povo, no medo, insegurança e no caos, num verdadeiro clima de guerra.

Ficha Artística e Técnica

Texto: George Orwell; Adaptação dramatúrgica: João Vieira; Encenação: Cláudia Negrão; Interpretação: Rita Soares, Tiago Faria; Cenografia: Hugo Migata, Pedro Silva; Música e desenho de som: Tiago Inuit; Desenho de luz: Paulo Santos; Realização de vídeo: Simão Cardoso; Edição de vídeo: Tiago Inuit; Interpretação vídeo/voz: Paulo Branca, João Ferrador, Cláudia Negrão, Hugo Migata; Produção executiva: Paula Coelho; Produção: A Lagarto Amarelo.

Duração: 60 minutos
Classificação etária: maiores de 14 anos

Reservas e informações: Teatro-Estúdio António Assunção
☏ 212 723 660 / 962 215 929
Horário da bilheteira
Quarta a sábado, 15h-18h30 e uma hora antes de cada sessão

Biografia

A Lagarto Amarelo surgiu em 2009 e tem como prioridades a conceção e produção de âmbito teatral e a criação de parcerias com outras entidades culturais, fomentando a troca de conhecimento, tentando assim facilitar a realização dos projetos. Apoiada pelo Município de Almada desde 2016, tem apresentado espetáculos, regularmente, como “O Bife”, de Jack London, “Três Máscaras”, de José Régio, “O Fim da Linha”, de Jean-Pierre Martinez, “O Contrabaixo”, de Patrick Süskind, “A Estrada”, de Jack London e “Mil Palavras por Dia”, de Júnior Sampaio.

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