Esta é uma comédia escrita por Fernando Arrabal, em 1952. Na linha do teatro do absurdo, o inverosímil é tratado como verosímil e com uma estranha naturalidade, expondo o absurdo de situações reais.
A seriedade do tema - a guerra – é desmontada através da impossibilidade real do mesmo. O que é violento, no absurdo deste espetáculo, torna-se humor. Zapo e Zepo, os inimigos, são iguais. Agem da mesma forma e ouvem as mesmas histórias dos seus superiores. A única diferença entre eles é o uniforme e esse é o único motivo para se matarem.
Arrabal faz-nos perceber que a banalização da vida e da morte continua a acontecer no mundo atual. Com humor, conta a história absurda de Zapo que, em combate, recebe a visita dos pais para um piquenique, no campo de batalha. O piquenique é recheado de acontecimentos insólitos.
Entre bombas, tiros, rajadas de metralhadora, a prisão do soldado inimigo Zepo e o maqueiro, que farejam feridos, o banquete acontece com estranha tranquilidade.

Ficha Artística e Técnica

Encenação: Manuel João; Elenco: André Carvalho, Catarina Medeiros, Marta Caldeira, Rita Miranda, Sara Freitas; Luz e som: Manuel João e Luís Baptista; Figurinos: Coletivo Teatro & Teatro e Ana Gracinda; Objetos de cena: Luís Ginja; Cenografia: Coletivo Teatro & Teatro; Caraterização: Rita Miranda; Assistência à Encenação: Inês Possante, Inês Coelho, Marlene Silva; Imagem e cartaz: Hélder Silva; Apoios: Câmara Municipal de Almada, Agrupamento de Escolas João de Barros; Produção: Associação Cultural O Mundo do Espectáculo.

Duração: 45 minutos
Classificação etária: maiores de 12 anos

Reservas e informações: Teatro-Estúdio António Assunção
21 272 36 60 / 96 221 59 29
Horário da bilheteira
quarta a sábado, 15h-18h30 e uma hora antes de cada sessão

Biografia

Ao longo de mais de duas décadas, este projeto exerce a sua atividade no Concelho de Almada, levando alguns dos seus espetáculos a outras salas do país (Ponte de Lima, Palmela, Seixal, Açores).
Além da criação de espetáculos de teatro, desenvolve iniciativas de animação poética, animação de espaços, colaborando com outras companhias.
De algumas das suas produções de maior relevo destacam-se “Autocarro” de Helena Teixeira, “História da Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar” de Sepúlveda, “A Boda” de Brecht e “Pierrot e Arlequim” de Almada Negreiros, entre outras.

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