«Atacar o problema da pobreza menstrual e fazê-lo de uma forma ambientalmente consciente» são os dois principais objetivos desta medida, como esclareceu o vereador Filipe Pacheco, com o pelouro da Juventude.

«A pobreza menstrual acontece quando uma mulher não tem capacidade para adquirir produtos de higiene feminina», relembrou, citando um estudo divulgado pelo jornal Expresso, em que 12% das raparigas inquiridas admitiram já ter faltado às aulas por não terem possibilidade de comprar estes produtos, 24% dizem ter recorrido a produtos menos indicados e 10% afirmam ter escondido não ter meios financeiros para suportar esta despesa mensal.

A autarquia pretende combater esta realidade, começando por testar uma proposta aprovada no Conselho Municipal da Juventude de Almada. O vereador Filipe Pacheco deixou mesmo um elogio, afirmando que «as novas gerações são muito mais conscientes da necessidade de reduzir a sua pegada ecológica».

Depois desta primeira ação de distribuição, o objetivo é levar estes kits até outros agrupamentos com alunas do 7.º ao 12.º ano, promovendo também sessões de esclarecimento sobre como usar os copos menstruais e os pensos reutilizáveis.

Numa primeira fase pretende-se alcançar apenas 10% do universo das estudantes de Almada e avaliar o impacto da medida proposta pelos jovens com assento naquela assembleia.