
Fotografia de António Passaporte
Museu de Almada - Casa da Cidade
Imagem onde se identifica, no lado direito, o edifício do Costa Rica, antigo café, bar e salão de baile. Espaço de referência da povoação, localizado no atual Passeio Ribeirinho, próximo do Beco da Praia. Na segunda metade do século XX, após o encerramento do café, instalou-se no edifício uma fábrica de têxteis.

Arquivo Histórico Municipal de Almada, Biblioteca de apoio, Periódicos
Notícia sobre a reabertura do popular “Costa Rica Bar”, integrada em página dedicada aos vários “Melhoramentos” realizados na Trafaria, no início da década de 1950. Artigo publicado num conhecido jornal local dedicado à difusão da informação sobre o concelho de Almada.

Cedência de Maria Emília Bernardes
União das Freguesias de Caparica e Trafaria, Biblioteca da Trafaria
Momento da festa popular, no salão de bailes do prestigiado estabelecimento de bar, espaço de animação e convívio das gentes da Trafaria, que dispunha de orquestra própria.
Transcrição de testemunhos recolhidos no projeto Laboratório de Memórias
União das Freguesias de Caparica e Trafaria, Biblioteca da Trafaria
“Quando cheguei em 1948 à Trafaria, ainda o Costa Rica estava a funcionar. Quando foi a explosão da fábrica em 50-52, eu morava ali na José António Rocha, e sei que o Costa Rica ainda estava a funcionar em pleno, tinha a esplanada cá à frente, que hoje foi completamente tomada pelo espaço público. […] Depois tenho memórias da parte de baixo ter fechado, mas ter continuado a funcionar a parte de cima, mais para espetáculos e bailes de fim de semana, e aí devia ser mais ou menos 54 - 55. Depois só me lembro nas instalações da Costa Rica ter ido para lá a fábrica de malhas do Moura. […] Tenho ideia que o Costa Rica pertencia a um proprietário de uma cervejaria muito importante na Rua das Portas de Santo Antão, logo ao pé do Coliseu, que era a Brilhante. […] Chamava-se Costa Rica Bar. […] A força daquilo era na época balnear.”
Vítor Esperança (15 de maio de 2025)
“[…] lembro-me quando era a fábrica do Moura, as janelas ainda estavam todas abertas e as pessoas estavam lá dentro a trabalhar naquelas fábricas gigantes a fazer malha, a fazer os panos de malha mesmo. Aqueles teares industriais. Lembro-me perfeitamente. Lembro-me que o meu pai contava que aquilo em baixo era uma grande cervejaria dos donos da Brilhante ao pé do Coliseu […] e que em cima era um salão de espetáculos.”
Maria de Fátima Oliveira (15 de maio de 2025)
“[…] o que eu ouvia falar é que havia espetáculos a noite toda e houve grandes artistas, a Amália Rodrigues, a Hermínia, o Maurício, o Fernando Farinha e que os barcos funcionavam a noite toda. Da fábrica da STAL tenho uma memória mais viva, porque a minha irmã, com 14 anos começou lá a trabalhar.”
José Manuel Borges (15 de maio de 2025)