A Casa da Cidade foi o local escolhido para o lançamento do Banco Local de Voluntariado de Almada, «um ponto de encontro entre quem tem disponibilidade e as entidades que podem integrar voluntários», como introduziu a vereadora Teodolinda Silveira.
A cerimónia, descontraída, decorreu na cafetaria do Museu de Almada – Casa da Cidade, onde entre um café e um bolo se partilharam diferentes experiências de voluntariado, «uma forma de darmos o melhor de nós em favor do bem comum», sublinhou Susana Queiroga, vice-presidente da Confederação Portuguesa do Voluntariado.
Em Portugal existem 192 bancos locais, dos quais 97% estão sob gestão dos municípios, como partilhou Paula Correia, da Cooperativa António Sérgio para a Economia Socialm, que afimou que «o voluntariado não é visível nos noticiários» e é esse trabalho que também falta fazer.
Almada deu voz aos voluntários de diferentes organizações que trabalham no concelho. Paula Veiga, uma das intervenientes, nasceu numa família de voluntários em hospitais e prisões.
Durante a pandemia, fez nascer com a tia, Noémia Pimenta, a Nha Codê (pequeno querubim), um projeto de voluntariado associado à Adsumus, Associação de Migrantes de Almada.
Começaram por entregar comida a 144 crianças com menos de três anos e, depois, perceberam que também era necessária roupa e conseguiram abrir uma loja social, no Laranjeiro, garantido a seleção, lavagem e engomadoria de vestuário em segunda mão.
Para isso, contam com mais de duas dezenas de voluntárias, entre os 70 e os 84 anos, coordenadas por Noémia, que começou como voluntária aos 28 anos, no Hospital Dona Estefânia. «Vinha com o coração partido, mas havia tinha um propósito na vida». Hoje integra o corpo de 110 voluntários do Hospital Garcia de Orta.
Também é voluntariado o «nosso tempo e o que retiramos às nossas famílias», para gerir os órgãos sociais das instituições que mantêm de pé os projetos de voluntariado, lembrou David Santos, sócio fundador da Geração Sorrisos.
Há 10 anos que esta associação trabalha no concelho, garantindo, por exemplo, que três vezes por semana, uma equipa de 25 voluntários se embrenha na noite para levar comida à comunidade de pessoas em situação de sem abrigo, depois de um dia de trabalho.
Projetos de voluntariado cultural, nas comunidades universitárias, de apoio a animais, foram muitas as histórias que entre café, chá e bolos, confortaram quem assistiu ao lançamento desta plataforma local.
Mais informação:
https://voluntariado.cm-almada.pt/