Considerado o pulmão verde da Cidade de Almada, o Parque da Paz consiste num grande parque urbano situado nos limites da cidade, que tem vindo a ser estabelecido e ampliado desde 1996, sendo frequentado e utilizado com regularidade por milhares de munícipes por ano.
Graças à sua enorme diversidade biológica, quer faunística quer florística, e à sua localização privilegiada, bem integrada na malha urbana da cidade, o Parque da Paz assume-se como a porta de entrada preferencial para o mundo natural para uma população eminentemente citadina, que encontra neste parque o seu primeiro, e por vezes único, contacto com a natureza.
Por essa razão, em 2019 a Câmara Municipal de Almada promoveu a criação de uma Estação da Biodiversidade do Parque da Paz (EBIO Parque da Paz), a qual consiste num agradável percurso de interpretação da fauna e flora, sinalizado e acompanhado de sinalética auxiliar, onde são ilustradas 102 espécies de animais e plantas possíveis de observar neste parque urbano.
Esta iniciativa de promoção do património natural local e do respeito pela natureza em meio urbano, com potencial de alcançar uma vasta fração da população almadense, enquadra-se no Plano de Ação Local para Biodiversidade, vindo também ao encontro do proposto no âmbito da Estratégia Local de Educação e Sensibilização para a Sustentabilidade da Câmara Municipal de Almada, que visa elevar a literacia ambiental da comunidade, com vista à adoção de uma relação mais sustentável com o ambiente que a rodeia. Adicionalmente, permite ainda desenvolver iniciativas e atividades de educação e sensibilização orientadas para os temas de ambiente, biodiversidade e sustentabilidade, tendo por base os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, estabelecidos pela Assembleia Geral da Nações Unidas.
A criação da EBIO Parque da Paz resultou de uma parceria entre a Câmara Municipal de Almada, o cE3c, Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e o TAGIS, Centro de Conservação das Borboletas de Portugal, tendo contado também com a colaboração da BioDiversity4All, Associação Biodiversidade para Todos, SPB, Sociedade Portuguesa de Botânica e SPEA, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves.