No âmbito da Intervenção Comunitária pretende-se desenvolver ações junto de grupos e territórios específicos, promovendo a cidadania nas suas várias vertentes, a inovação social e o empreendedorismo, contribuindo para a melhoria das condições de vida das populações, aumentando o seu bem-estar, bem como dinamizando projetos de inclusão pela arte em parceria com as entidades locais.
O Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento Social - CLDS, criado em 2007, verificou ao longo do tempo várias alterações ao modelo inicial, mantendo, todavia, uma matriz comum de objetivos centrada na promoção da inclusão social de grupos populacionais que revelem maiores níveis de fragilidade social num determinado território, mobilizando para o efeito a ação integrada de diferentes agentes e recursos localmente disponíveis.
No Concelho de Almada tivemos implementadas as três Gerações dos CLDS:
- Projeto “ABC - Abre Bons Caminhos” - implementado no território do Laranjeiro, cuja coordenação local da parceria foi da responsabilidade da Associação Solidariedade e Desenvolvimento do Laranjeiro - ASDL;
- Projeto “TECE +“ - implementado no território da Encosta Sul do PIA, na Caparica, cuja coordenação local da parceria foi da responsabilidade do Centro Social Paroquial do Cristo Rei;
- Projeto “SAI e Age” - implementado nos territórios da Trafaria / Bairro do 2º Torrão e Costa de Caparica / Terras da Costa, cuja coordenação local da parceria foi da responsabilidade da Santa Casa da Misericórdia de Almada e o Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Conceição da Costa de Caparica participou enquanto entidade executora.
Atualmente está em execução a 4ª Geração deste programa. No Concelho de Almada estão a ser implementados dois Projetos CLDS-4G:
- Projeto “AGE em Rede”
- Projeto “(RE)Age em Rede”
Projeto “AGE em Rede”
- implementado nos territórios da Trafaria, Costa de Caparica, Sobreda e Charneca de Caparica, cuja coordenação local da parceria é da responsabilidade do Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Conceição da Costa de Caparica e a Santa Casa da Misericórdia de Almada participa enquanto entidade executora.
Contactos
Coordenação: ageemredeclds4g@gmail.com
Espaço na Costa de Caparica
Rua Manuel Silvestre da Costa, nº6A - 2825- 366 Costa de Caparica
Telefones: 21 099 93 78 | 92 500 22 56
Espaço na Trafaria
Av. 25 de Abril nº78 - 2825-893 Trafaria
Telefones: 21 291 95 00 | 93 939 55 73
Espaço na Charneca de Caparica
Casa das Associações
Rua Mário Casimiro - 2820-181 Charneca de Caparica
Espaço na Sobreda
Espaço Multiusos
Praceta do Vale Linhoso - 2815-807 Sobreda
Redes Sociais
Facebook - @ageemredeclds
Instagram - @ageemredeclds4g
Projeto “(RE)Age em Rede”
- implementado nos territórios de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas, cuja coordenação local da parceria é da responsabilidade da Santa Casa da Misericórdia de Almada.
Contactos
Coordenação: cipereira@scma.pt
Espaço em Almada
Av. Dom João I, nº35 A/B - 2800-112 Almada
Telefones: 93 955 00 13 | 93 556 00 87
Redes Sociais
Facebook - @REageemRede-CLDS4G
Instagram - @reageemredeclds4g
- Aumentar os níveis de coesão social dos concelhos objeto de intervenção dinamizando a alteração da sua situação socioterritorial;
- Concentrar a intervenção nos grupos populacionais que em cada território evidenciam fragilidades mais significativas, promovendo a mudança na situação das pessoas tendo em conta os seus fatores de vulnerabilidade;
- Potenciar a congregação de esforços entre o sector público e o privado na promoção e execução dos projetos através da mobilização de atores locais com diferentes proveniências;
- Fortalecer a ligação entre as intervenções a desenvolver e os diferentes instrumentos de planeamento existentes de dimensão municipal
- Eixo 1: Emprego, formação e qualificação
- Eixo 2: Intervenção familiar e parental, preventiva da pobreza infantil
- Eixo 3: Promoção do envelhecimento ativo e apoio à população idosa - ações desenvolvidas pelo Projeto “(RE) Age em Rede”
O Projeto “AGE em Rede” desenvolve ainda ações de promoção da auto-organização dos habitantes do território e de criação e revitalização de associações, designadamente de moradores, temáticas ou juvenis, através de estímulo dos grupos alvo, do acompanhamento de técnicos facilitadores das iniciativas e da disponibilização de espaços para guarda de material de desgaste e de apoio.
O Desenvolvimento Local de Base Comunitária - DLBC é um instrumento que visa promover, em territórios sub-regionais ou locais, a concertação estratégica e operacional entre parceiros do setor público e privado, em torno do desenvolvimento de uma abordagem multissetorial localizada na criação de emprego, redução da pobreza, exclusão social e dos fatores que concorrem para a vulnerabilidade social, através da dinamização económica local, da revitalização dos mercados locais e da sua articulação com territórios mais amplos e da busca de novas respostas a problemas de territórios economicamente fragilizados ou de baixa densidade populacional.
É um instrumento enquadrado na Estratégia Europa 2020 e no Acordo de Parceria adotado entre Portugal e a Comissão Europeia - Portugal 2020. Apresenta uma abordagem de desenvolvimento territorial localizado no empreendedorismo e na criação de postos de trabalho como resposta aos elevados níveis de desemprego e aos crescentes índices de pobreza. Em estreita ligação com o tecido social, económico e institucional de cada território, e através do desenvolvimento, diversificação e competitividade da economia local e do estímulo à inovação social, pretende-se a melhoria das condições de vida das populações e dos territórios mais fragilizados.
Existem dois a decorrer no Concelho de Almada:
- Urbano: implementado nos territórios de Laranjeiro e Feijó e Caparica e Trafaria
Entidade promotora - Santa Casa da Misericórdia de Almada
- Costeiro: implementado nos territórios da Costa da Caparica e Trafaria, em conjunto com outros territórios de intervenção da Península de Setúbal
Entidade promotora - Associação de Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal - ADREPES
- Promover o desenvolvimento local através da consolidação de uma intervenção em rede e implementação de estratégias concertadas com os diferentes atores, nos domínios da educação, formação e empregabilidade.
- Contribuir para o reforço da economia local através da qualificação do capital humano, do tecido empresarial e do estímulo ao desenvolvimento de soluções que potenciem a utilização eficiente dos recursos ou oportunidades do território.
- Promover a inserção social, combatendo as causas que estão na base dos fenómenos de exclusão social nos territórios mais vulneráveis do Concelho, através de processos de capacitação, participação e de criação de respostas nas áreas da educação, formação e empregabilidade.
A implementação do DLBC Urbano teve como primeiro desafio a apresentação da candidatura à Fase de Pré-qualificação de Parceria, o qual conduziu a um processo participado onde uma rede de parceiros do setor público, privado e solidário, de intervenção local e/ou nacional, construiu uma Estratégia de Desenvolvimento Local - ENVOL20 ALMADA DLBC Urbano.
Esta estratégia constituiu-se como resposta à promoção da inclusão social, inovação social e empreendedorismo e ao reforço do desenvolvimento da economia local e dos territórios, tendo por base a geração de sinergias e da participação ativa de todos os intervenientes.
Esta estratégia incidiu sobre os territórios Laranjeiro/Feijó e Caparica/Trafaria, do concelho de Almada, dado serem considerados de intervenção prioritária, pelas suas características físicas, económicas e socioculturais.
A coordenação deste processo de candidatura foi assumida pela Santa Casa da Misericórdia de Almada, enquanto entidade promotora, e pela Câmara Municipal de Almada.
A Estratégia de Desenvolvimento Local (EDL) definida para os referidos territórios, teve por base a identificação de vulnerabilidades e necessidades, mas também de recursos, potencialidades e prioridades para a resolução dos problemas ou atenuação destes. Esta Estratégia foi construída com o envolvimento, de forma articulada e concertada, de um conjunto de atores locais, que incluíram, quer a população residente, quer entidades públicas, privadas (incluindo pessoa singular) e da economia social, com intervenção relevante nos territórios/grupos alvo, ou com conhecimento ou experiência significativa nas áreas a intervir. Deste conjunto de atores locais constituiu-se o Grupo de Ação Local (GAL) que tem a função de elaborar, implementar, acompanhar e avaliar a EDL.
A Estratégia de Desenvolvimento Local do "Envol20 Almada", tendo por base a reflexão coletiva, o diálogo concertado e participação ativa dos atores locais nos 4 territórios do concelho assume-se como via para reforçar parcerias estratégicas para a criação ou maximização de oportunidades, sobretudo ao nível do Empregabilidade, Emprego, Empreendedorismo, Educação e Formação nas/para as comunidades locais, minimizando os fenómenos de pobreza, desemprego e exclusão social e potenciando o desenvolvimento sustentável dos territórios.
Existe a visão de consolidar uma rede de parceiros que concorra para um território mais coeso e desenvolvido e para a promoção de novas oportunidades, nos domínios da educação, formação e empregabilidade.
Todos os parceiros do GAL têm envolvimento e comparticipação financeira neste projeto.
Para mais informações consultar: DLBC Urbano
O Projeto Meio no Meio é um projeto da ARTEMREDE, no âmbito do programa PARTIS – Práticas Artísticas para a Inclusão Social, da Fundação Calouste Gulbenkian, com direção artística de Victor Hugo Pontes, em parceira com a NOME PRÓPRIO – Associação Cultural, a RUMO – Cooperativa de Solidariedade Social e os Municípios de Almada, Barreiro, Lisboa e Moita.
Em Almada este projeto está a ser implementado na Trafaria, direcionado mais para o território do bairro do 2º Torrão. É um projeto Intergeracional, uma vez que está dirigido a jovens dos 16 aos 25 anos e a pessoas com mais de 45 anos.
O Projeto Meio no Meio surge da vontade e necessidade em permanecer a intervenção com as comunidades.
Esta vontade e necessidade foi sentida por: participantes do projeto ODISSEIA (que teve como participantes jovens dos 16 aos 25 anos do 2º Torrão, da Trafaria e que abrangeu 10 jovens), pelas Técnicas Municipais que acompanharam o projeto (de 3 dos 6 Municípios que implementaram o projeto) e pela ARTEMREDE que desafiou as Técnicas Municipais (de Almada, Barreiro, Moita e Lisboa) para a elaboração de candidatura à 3ª edição do PARTIS da Fundação Calouste Gulbenkian.
Assim, dos 16 Municípios associados da ARTEMREDE, os 4 acima mencionados mostraram-se disponíveis e interessados na implementação do projeto.
Os Municípios que mostraram interesse em implementar um novo projeto, foram os que verificaram nos seus territórios o impacto que o projeto ODISSEIA teve.
Os 3 segmentos deste projeto, até à apresentação final:
- Formação (2019 e 2020) - composto por núcleos de trabalho das diferentes disciplinas artísticas (Cinema, artes Visuais, Dança, Teatro e Música)
No segmento da Formação o trabalho está, intimamente, articulado e acompanhado pelo Diretor Artístico, o artista local e o acompanhamento dos 2 Técnicos Municipais (área da Cultura e área Social) que têm um papel fundamental nas respostas práticas e imediatas essenciais ao bom desenvolvimento dos processos de trabalho, quer a nível da intervenção junto da comunidade, enquanto facilitadores do processo de integração, quer ao nível da produção mo campo artístico, promovendo elos de comunicação entre as Instituições, equipamentos e demais entidades locais.
- Partilha (2019 e 2020) - integra encontros de partilha de conhecimentos ideias entre todos os participantes, enquanto fase de ligação entre o processo de formação e criação
No segmento dos Encontros de Partilha estes focam a questão da partilha de conhecimentos e trabalho em conjunto, com a presença de todos os grupos (artísticas locais, mediadores, Técnicos municipais, Diretor Artístico). Estes encontros farão a súmula do trabalho desenvolvido até então e darão pistas para a sua continuidade.
O primeiro Encontro de Partilha aconteceu em Almada e teve a presença de 54 pessoas, inclusive uma Técnica do PARTIS da Fundação Calouste Gulbenkian. Neste encontro foram apresentados os produtos artísticos de:
- Teatro - com os grupos do Barreiro e da Moita
- Cinema - apresentação da Curta “Bilingueiros” com os grupos de Almada e Lisboa
- Dança - com os grupos do Barreiro e da Moita
Este modelo de trabalho permite um alcance alargado da formação artística dos participantes, bem como uma interação, aprofundamento entre os pares e entre os territórios, tendo em conta as ações que irão decorrer alternadamente em cada um dos espaços dos municípios parceiros.
- Criação (2021) - processo criativo intensivo de desenho e preparação do espetáculo final
No que diz respeito ao segmento de Criação, este será em 2021. Esta fase é maioritariamente dirigida pelo Diretor Artístico, que manterá um diálogo permanente com os artistas locais.
O espetáculo será o resultado de uma cocriação conjunta entre os atores e agentes amadores e profissionais, garantindo o rigor e excelência de um espetáculo profissional que será apresentado em cada um dos espaços municipais, podendo, posteriormente, existir circulação nacional, não só entre os Municípios da ARTEMREDE como também em Teatros Nacionais.
No final deste projeto irá existir um estudo de impacto sociocultural, com vista à planificação de uma análise que permita gerar formatos de conhecimentos que incidam no entrosamento entre as práticas artísticas e a inclusão social. Este trabalho está a ser desenvolvido pelo ISCTE.
A Câmara Municipal de Almada é membro associado da ARTEMREDE desde janeiro de 2005, tendo assumido a presidência desta rede cultural. A presença do Município de Almada na ARTEMREDE implica, entre outras atividades, a participação na definição de um catálogo de espetáculos e oficinas, bem como a escolha de uma programação numa perspetiva de rede e cooperação cultural entre os Municípios associados.
O Projeto ODISSEIA foi um projeto integrante da programação da ARTEMREDE, um dos 16 vencedores do programa PARTIS, da Fundação Calouste Gulbenkian, na sua 2ª edição. O PARTIS é um programa de apoio a projetos artísticos de integração social, cuja candidatura foi submetida pela ARTEMREDE. 6 Municípios Associados da ARTEMREDE optaram por implementar o projeto – Almada, Barreiro, Moita, Oeiras, Santarém e Sesimbra.
Foi no âmbito da missão do ODISSEIA que Almada escolheu implementar o projeto direcionando-o essencialmente para territórios socialmente deprimidos cuja intervenção comunitária se considerava prioritária, nomeadamente no Bairro do 2º Torrão.
PROJETO ODISSEIA
O Projeto ODISSEIA é constituído por três componentes nucleares que abrangem as seguintes áreas e competências artísticas:
1ª Fase: Teatro / Dramaturgia
2ª Fase: Teatro físico / Movimento / Música experimental / Artes de Rua
3ª Fase: Cinema / Música
Cada uma desdobrou-se em duas fases – um processo de formação e a criação de um objeto artístico nas áreas identificadas. Os seis grupos de jovens participaram em todas as fases do projeto, numa ótica de aquisição evolutiva de competências e de potencial especialização, assim como tendo em vista um aumento progressivo do compromisso e do envolvimento no projeto. A abrangência territorial do Projeto ODISSEIA é uma mais-valia para aquilo a que o projeto se propôs, pelo facto de promover a interação entre jovens de comunidades distintas e a circulação fora dos seus quotidianos, o que será estimulado em diversos momentos dos processos de formação e criação.
A 1ª fase deste projeto desenvolveu-se entre 6 e 29 de outubro de 2016. As sessões foram dinamizadas na Biblioteca da Trafaria e a apresentação realizou-se na Sala Experimental do Teatro Municipal Joaquim Benite.
A 2ª fase ocorreu entre 16 e 19 de fevereiro de 2017 com sessões de formação que foram realizadas no Presídio da Trafaria. Destas sessões foi selecionado um jovem de Almada para a residência artística que se realizou em Oeiras. Desta residência artística resultou um produto artístico criado pelos jovens e que foi apresentado nos 6 Municípios. Em Almada a apresentação aconteceu na Trafaria dia 30 de maio e 1 de junho de 2017.
A 3ª fase intitulou-se “Do Filme à Música” (um filme musicado) e foi dinamizado pelo músico e cineasta António Pedro. A formação decorreu no Centro Cultural Juvenil de Santo Amaro e a apresentação pública foi dia 1 de junho de 2018. Na iniciativa “Isto é PARTIS” o filme foi apresentado publicamente com a presença dos jovens dos 6 municípios.