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Almada
Arte Urbana
Cultura
18 January 2025

Memorial homenageia combatentes almadenses

Inês de Medeiros, presidente da CMA, inaugurou esta manhã no Laranjeiro o monumento “Guerreiro”, da autoria do escultor João Cutileiro. Este memorial presta homenagem aos almadenses que perderam a vida em combate na guerra colonial.

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Almada, Monumento, Arte pública, homenagem, Laranjeiro, inauguração, João Cutileiro
©Luís Filipe Catarino | CMA
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Almada, Monumento, Arte pública, homenagem, Laranjeiro, inauguração, João Cutileiro
©Luís Filipe Catarino | CMA

A Praça Lopes Graça, no Laranjeiro tem, a partir de hoje, um monumento que homenageia os 20 combatentes nascidos em Almada que morreram na guerra colonial.

Na inauguração, Inês de Medeiros, presidente da CMA, sublinhou a importância deste momento, integrado nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. “Esta estátua, criada pelas mãos talentosas de João Cutileiro, um dos grandes mestres da escultura portuguesa, é mais do que uma obra de arte. É um monumento à memória, à coragem e à resiliência de todos aqueles que viveram o conflito, não por livre vontade, mas forçados por um regime opressor e que muitas vezes carregaram para sempre as marcas dos horrores dessa experiência.”

Amadeu Neves da Silva, presidente da comissão executiva para a construção de um memorial aos combatentes em Almada, agradeceu, emocionado, o reconhecimento da geração que combateu ao longo de 13 anos na guerra colonial, e “a magnífica obra de arte Guerreiro, da autoria do escultor João Cutileiro, concebida por ele com o propósito de exorcizar a guerra e os horrores que lhe estão associados, eleita para simbolizar a homenagem aos 20 almadenses que perderam as suas vidas nas várias frentes de guerra. Guerra a que, há 50 anos, os heróis do 25 de Abril puseram termo com a força e a convicção de quem acreditava num mundo mais livre e justo.”

A escultura “Guerreiro”, em granito do Zimbabué, integra a coleção de Arte Pública do município de Almada e resulta da ampliação de uma peça datada dos anos 90, da coleção de Margarida Lagarto, viúva do escultor, que autorizou e acompanhou todo o processo.

Durante a cerimónia, Inês de Medeiros expressou ainda um desejo: “Que esta estátua seja, para as gerações presentes e futuras, um lugar de reflexão e gratidão, que inspire todos os que por aqui passarem a lembrar que a liberdade é um bem precioso, conquistado com esforço e que, cada vez mais, deve ser continuamente valorizado e defendido”.