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01 outubro 2023

Monumento ao Movimento Associativo Popular requalificado

O Monumento ao Movimento Associativo Popular, um dos maiores conjuntos de escultura cerâmica produzidos em Portugal, localizado junto ao Complexo Municipal dos Desportos “Cidade de Almada”, no Feijó, foi reabilitado. A CMA devolveu hoje o monumento à cidade, após uma profunda intervenção de conservação e restauro das obras de arte que integram o conjunto escultórico, da autoria de Virgínia Fróis.

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Monumento ao Movimento Associativo Popular requalificado
Foto: Anabela Luís | CMA

A presidente da CMA, Inês de Medeiros, inaugurou hoje, dia 1 de outubro, esta obra de requalificação, destacando, na sua intervenção que “mais que inaugurar é preciso cuidar do feito. Cuidar, proteger, restaurar, reabilitar. E é isso que estamos aqui hoje a comemorar. Não basta inaugurar, é preciso amar e cuidar, mesmo 30 anos depois. Querida Virgínia, a sua emoção e a sua alegria é aquilo que também justifica a nossa ação e é, aliás, uma alegria partilhada por todos aqueles que aqui estão e que aqui virão no futuro”.

A artista agradeceu a recuperação da obra que “pensava quase perdida”. “Estou muito feliz por ela ter sido devolvida à população”, sublinhou, valorizando o esforço e o investimento feito pela CMA.

O monumento é composto por sete elementos escultóricos, com projeções de água, inseridos em dois lagos. A escultora Virgínia Frois pretendeu evocar e celebrar o movimento associativo através da complementaridade conseguida entre quatro Colunas Brancas com face azul turquesa, um Cálice Coluna, um Marco/Obelisco e uma Coluna Torta, ligados por água em movimento. A água é o elemento identitário desta obra.

A obra, com data de 1994, encontrava-se maioritariamente coberta por incrustações calcárias que cobriam a quase totalidade da superfície dos elementos e impossibilitavam a verdadeira perceção da riqueza cromática, textural e gráfica do conjunto concebido por Virgínia Frois. Por outro lado, o não funcionamento do sistema de circulação de água entre os elementos, impedia a compreensão e usufruto do monumento que, arruinado, constituía uma perda grave para a comunidade Almadense e para a sua história.

A intervenção de conservação consistiu na limpeza integral dos elementos escultóricos para remoção destas incrustações, tendo partido de uma proposta de metodologia de conservação, desenvolvida em projeto de investigação para dissertação de mestrado da conservadora/restauradora Soraia Teixeira, executada pela empresa Nova Conservação, Lda.

Os lagos em que as peças se integram, foram revestidos com pastilha azul, conforme programa inicial da obra, apesar de nunca executado, tendo sido igualmente reposto todo o sistema de engenharia hidráulica que permitiu a reativação dos jogos de água, essenciais à compreensão do conjunto monumental.