O documento apresentado esta manhã por Marta Martins, diretora executiva da Artemrede, no Fórum Político da Artemrede, reafirma os valores e compromissos dos municípios para a Cultura e surge como uma tomada de posição política.
“Promovemos há quase 20 anos centenas de iniciativas e práticas de intervenção nas comunidades”, explicou Luís Dias, presidente da direção da Artemrede, que afirmou ainda que “o Compromisso Cultural 2023 sobreleva os direitos culturais, promove a igualdade do acesso e participação cidadã e cimenta o apoio à criação artística e à fruição cultural, perfeitamente alinhado com os objetivos do desenvolvimento sustentável”.
Orientado em torno de três eixos – Democracia e Direitos, Territórios e Comunidades, e Governança Democrática – o Compromisso Cultura 2030 pretende contribuir para a construção de cidades, comunidades e territórios criativos, sustentáveis e democráticos.
Durante a manhã, Inês de Medeiros, presidente da Câmara Municipal de Almada, e Francisco de Jesus, presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, debateram os desafios do Compromisso Cultura 2030 numa mesa-redonda moderada por Ana Umbelino, vice-presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras.
O Fórum Político dinamizado pela Artemrede contou também com a intervenção do sociólogo Pascal Gielen, que apresentou as suas ideias sobre "como construir confiança social e política na cidade contemporânea". O sociólogo belga sublinha que os bens comuns culturais desempenham um papel crucial na reconstrução da confiança nos outros seres humanos, na política, na economia e no futuro. Espaços semi-públicos como escolas, cafés, teatros, museus, cinemas e festivais são essenciais para este processo. Na sua apresentação, Pascal Gielen refletiu ainda sobre a forma como estes espaços podem contribuir para o tecido social da vida urbana contemporânea.
No encerramento, Inês de Medeiros admitiu que “ainda há muito por fazer, naquelas que são as condições de trabalho dos trabalhadores da Cultura. (…) A nossa obrigação é criar espaços de liberdade criativa e assim defendemos os valores que acabámos de aprovar.”
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