Joaquina Campaniço (doação)
1973-1990
Algodão, plástico
110 cm x 71 cm
Museu Naval de Almada, MN.001311
Bata de trabalho de cor rosa, de fabrico industrial, como vestígios de uma etiqueta demonstra, de colarinho e abertura frontal com aplicação de seis botões e três bolsos, um na parte superior esquerda e dois na parte inferior, à altura da cintura.
No Estaleiro da Lisnave, na Margueira, a bata era utilizada pelas funcionárias que trabalhavam nos refeitórios. O horário era por turnos e como tarefas, a limpeza dos espaços, cozinhar e servir as refeições. Por ser uma cozinha industrial, os utensílios a uso na confeção e transporte eram de dimensão superior aos utilizados numa cozinha comum. Era por isso um trabalho esforçado o que se praticava nos refeitórios, embora a cor da bata assente no género não o evoque. Mas, e como a Joaquina Campaniço sublinhou, referindo-se à bata e às socas que doou ao Museu Naval, “Isto era o luxo, isto era o luxo, porque não era sempre assim.”