Skip to main content
Placa de xisto

Gruta Artificial de S. Paulo II
Século 3000 a.C. 
Xisto 
15,10  x 10,30 cm 
Museu de Almada, MAH 4957 


Encontrada na gruta artificial de São Paulo 2, identificada em 1988, no decorrer de um acompanhamento arqueológico, durante obras no adro da igreja de São Paulo. Acompanhamento motivado pela existência de um cemitério, que terá funcionado, entre os seculos XVI e XIX, naquele que seria o espaço do Convento Dominicano de São Paulo. 


As Placas de xisto votivas, apresentam uma organização, de forma a realçar o seu caracter antropomórfico: na parte superior a cabeça delimitada com faixas ou linhas, formando um triangulo ou um trapézio, ambos com o vértice e a parte mais estreita orientada para baixo, onde as laterais são geralmente preenchidas com faixas. A separar a cabeça do corpo, poderá existir uma faixa, uma linha ou apenas o triângulo invertido a fazer esta separação. No corpo da peça apresenta na maioria dos casos, triângulos ou faixas compostas por triângulos. Em alguns casos apresentam delimitação na parte inferior da peça, com motivos similares aos do corpo.


Segundo alguns autores, seriam colocados no peito dos mortos, sendo normalmente associadas à Deusa (a mãe os trouxe, a mãe os acompanha, se assim poderemos dizer). Ainda nos dias de hoje, nas inumações Cristãs, os defuntos são enterrados com um terço, muito ligado a Maria, mãe de Jesus Cristo. Da mesma forma, estas placas teriam uma divindade que lhes era comum, apesar das diferentes características que possam existir entre elas, decorrente do longo período de produção.