No mês de outubro, todas as quintas-feiras, contaremos com a presença de quatro colecionadores para falarem de colecionismo e do que os motiva na procura, descoberta e resgate de objetos singulares ou banais mas repletos de memórias. Com eles constroem histórias e imaginam estórias e revelam-nos quais as razões para que, um dia, tenham guardado um objeto e depois outro e outro, dando depois a estes uma coerência e significado muito pessoais que se materializam em coleções únicas e muitas vezes inesperadas. 
Nestas tertúlias vamos falar de paixões. Por postais ilustrados, revistas, livros, bilhetes de cinema e de transportes, fotografias, emblemas, música e discos e tantas outras. E conversar sobre a forma como os objetos são testemunhos de um tempo e de um modo de viver e sobre a importância dos colecionadores para os museus e para as comunidades.

Transportes públicos do concelho de Almada nas coleções de José Luís Covita

Os colecionadores são gente feliz, dizia Goethe. Pela minha parte não tenho razões de queixa. Os meus primeiros olhares vão para o que me passava à porta; disso não tenho dúvidas: os autocarros vermelhos da Beira-Rio. Depois, com a praia, vem a Piedense embalada em prata e azul e o Covas e Filhos descendo a Sesimbra; com a família alentejana, os verdes claros da Transportadora Setubalense. No Tejo os cacilheiros sedutores. De todos me fiz, primeiro ajuntador, depois colecionador. Pelo meio fui agarrando as peças de um outro tempo que não vivi. Agora, sinto que a casa está cada vez mais pequena.        

Iniciativa gratuita, com entrada livre.