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Almada
Ambiente
29 July 2024

Nova operação de alimentação artificial das praias da Costa da Caparica arranca em 2025

APA e APL assinam protocolo em Almada para nova operação de alimentação artificial das praias urbanas da Costa da Caparica e praia de S. João da Caparica em 2025. Este protocolo prevê a deposição de 1 milhão de metros cúbicos de areia que representa um aumento de largura das praias em cerca de 50 metros.

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©Anabela Luís | CMA
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Almada, Ambiente, protocolo, praias, areias, Posto Municipal de Turismo, presidente da CMA, Inês de Medeiros
©Anabela Luís | CMA
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Almada, Ambiente, protocolo, praias, Reduna, ministra, presidente da CMA, Inês de Medeiros
©Anabela Luís | CMA

O protocolo foi celebrado entre a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Administração do Porto de Lisboa (APL) com o objetivo de mitigar a erosão costeira e o risco para pessoas e bens, melhorando as condições de estabilidade da linha de costa, reduzindo a vulnerabilidade ao galgamento e inundação costeira e protegendo obras de engenharia costeira existentes, como os esporões.

Com esta intervenção procura-se também melhorar a área recreativa e valorizar o litoral, através do aumento da largura da praia para uso balnear.

Esta não é a primeira vez que praias da Costa da Caparica são alvo de alimentação artificial. Desde 2007, têm existido intervenções nesta área, a última das quais em 2019, ações que têm vindo a ser monitorizadas e que têm vindo, comprovadamente, a mitigar o efeito de erosão neste local.

“O protocolo que hoje foi assinado demonstra bem como a interação é fundamental para obtermos resultados. A alimentação artificial de cerca de 1 milhão de metros cúbicos de areia, no próximo ano, numa intervenção que rondará os 9 milhões de euros, é fundamental, não apenas para assegurar a qualidade ambiental das nossas praias, mas sobretudo para proteger de forma sustentável a nossa costa”, afirmou Inês de Medeiros, presidente da CMA, após a celebração do protocolo entre a APA e a APL. A autarca referiu a importância do trabalho conjunto entre entidades, referindo três metas/projetos que devem ser trabalhados com brevidade. O projeto  Costa Polis que se encontra “em liquidação há mais de dez anos” e que “deveria estar concluído”, os processos burocráticos que “representam um tempo precioso para a celeridade da ação autárquica” e as “sucessivas, inesperadas e por vezes incoerentes alterações às regras para elaboração dos Planos Diretores Municipais que impõem aos municípios”. Inês de Medeiros referiu também a “urgente intervenção nas arribas e nas vertentes, uma vez que, após a realização de estudo promovido pela autarquia, foram sinalizadas várias situações de risco”.

Já Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia, que também marcou presença nesta cerimónia, afirmou que “são necessárias intervenções que permitam conciliar os benefícios que estes recursos trazem às pessoas e à economia [praias de boa qualidade] com a defesa do nosso património ambiental e natural. É neste equilíbrio que se constroem as bases do desenvolvimento sustentável”.

Carlos Correia, presidente da APL, e José Pimenta Machado, vice-presidente da APA, assinaram este protocolo, no Posto de Turismo da Costa da Caparica, durante a tarde de hoje. Esta é “uma ação em que o Porto de Lisboa irá contribuir para melhorar as condições de segurança e ambientais e para valorizar este importante ativo do concelho”, disse Carlos Correia. Já José Pimenta Machado salvaguardou os resultados obtidos durante a deposição de areia que aconteceu nos mesmos moldes em 2019. “Esta é a melhor forma de defender a zona costeira. É uma solução mais leve que dá frutos”, afirmou o vice-presidente.

Visita ao projeto ReDuna

Depois da assinatura, houve oportunidade para visitar o ReDuna na praia de S. João de Caparica, um projeto municipal que promove o restauro e recuperação do sistema dunar das praias do concelho, aumentando a capacidade de retenção das areias e tornando o cordão dunar mais resistente à erosão provocada pelo vento e mar. Um projeto que celebra dez anos e que hoje faz prova científica de que as plantas são essenciais para a robustez das dunas.

É possível saber mais sobre este projeto AQUI.