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21 November 2024

Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica comemora 40 anos

A biodiversidade, a geodiversidade e os valores naturais e culturais da Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica estiveram hoje em debate na Conferência que assinalou o quadragésimo aniversário desta área protegida.

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40 anos arriba fóssil

Ao longo do dia, especialistas da área do ambiente estiveram no Convento dos Capuchos para refletir sobre os valores naturais e culturais desta área protegida, a sua biodiversidade e geodiversidade, as iniciativas de educação e sensibilização ambiental, o potencial turístico, os riscos e desafios que enfrenta e o modelo de cogestão da Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica (PPAFCC).

Os modelos de cogestão, pensados a nível nacional, pretendem criar uma dinâmica partilhada de valorização das áreas protegidas. A Câmara Municipal de Almada e a Câmara Municipal de Sesimbra celebraram a formalização do modelo de cogestão para a PPAFCC em 2022.

 “Sabemos que há situações críticas na nossa arriba e por isso a criação da cogestão, que tenho a honra de presidir, foi um passo essencial para termos uma ação mais presente no território e, sobretudo, mais articulada”, referiu Inês de Medeiros, presidente da CMA, na abertura desta conferência. “Hoje em dia, mais do que ninguém, são os municípios que têm a consciência de como querem fazer o seu desenvolvimento sustentável, proteger o seu património natural, proteger o seu território, criar os seus corredores verdes”, continuou a autarca, lembrando a importância da cogestão desta área protegida mas também a necessidade de revisão dos instrumentos de gestão de território, que limitam a ação das entidades nacionais para se criar, em conjunto, “instrumentos que possam ser eficazes na proteção ativa e não apena uma proteção feita ‘de fora’”.

“Só se ama o que se conhece e só se protege aquilo que se ama”, disse Ana Cristina Falcão, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, reforçando que é através do conhecimento que protegemos este território tão especial e o passamos às próximas gerações.
José Manuel Alho, vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, explica que “as populações que vivem nas áreas protegidas são as principais responsáveis pelo que lá acontece, de bom e de mau” e que hoje têm uma palavra “firme e liderante”, sendo este um passo significativo na sua preservação.

A par da conferência existiu ainda a possibilidade de visitar a exposição sobre a biodiversidade da PPAFCC.

A organização desta conferência ficou a cargo da CMA e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.