O prolongamento do sistema de metro ligeiro de superfície da margem sul do Tejo (Metro Sul do Tejo - MST) à Costa da Caparica e à Trafaria, a partir do Campus Universitário da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, foi considerado como um projeto prioritário, tendo como objetivo principal promover uma ligação rápida e estruturante dos vários pontos da atual rede do MST à Costa da Caparica e à Trafaria, assegurando uma melhor conectividade entre as diversas áreas dos territórios de Almada e Seixal.
A ligação à Trafaria permitirá ainda aproximar o concelho de Almada de Lisboa, melhorando, desta forma, a mobilidade ao nível da área metropolitana e conferindo uma nova centralidade ao concelho de Almada no contexto da área metropolitana de Lisboa.
Esta extensão contribuirá para reduzir a dependência do transporte individual, respondendo assim ao compromisso de Portugal de atingir a neutralidade carbónica em 2050.
Em 15 de julho de 2024 ocorreu a assinatura do Protocolo de Colaboração para o Estudo, Planeamento e Concretização do Projeto da Extensão do Metro Sul do Tejo - Almada (Universidade) – Costa da Caparica (Trafaria) entre a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), o Município de Almada e o Metropolitano de Lisboa.
No âmbito deste Protocolo foi acordado desenvolver o projeto de expansão, tendo em consideração o designado Traçado de Referência proposto pelo Município de Almada, cabendo a cada uma das 3 entidades envolvidas distintas responsabilidades.
Cabe ao Metropolitano de Lisboa a gestão do projeto, estabelecendo e assegurando a colaboração entre a TML e o Município de Almada, bem como desenvolver e/ou promover: o relatório de diagnóstico; fazer a avaliação da viabilidade técnica-económica do traçado de referência; a realização de serviços de cartografia
e de topografia; a realização da campanha geotécnica e geoambiental, a realização de estudos de projeção de procura; a análise custo-benefício global; entre outros.
Cabe ao Município de Almada estabelecer as condições de inserção urbana da solução a projetar, no território sob sua tutela administrativa, particularmente de harmonização com as áreas urbanas envolvidas.
Cabe à TML assegurar a devida articulação com o Metropolitano de Lisboa no que respeita aos estudos sobre tráfego, procura e harmonização das diferentes opções de transporte público.
Para dar cumprimento aos objetivos deste Protocolo, foi acordado constituir um Grupo de Trabalho, que garanta o acompanhamento permanente do desenvolvimento do Projeto e que, desde agosto de 2024, tem desenvolvido o seu trabalho conjunto.
A atual fase de desenvolvimento do Projeto prevê a preparação dos estudos preliminares até à fase de Estudo Prévio, que deverá ficar concluído até ao final de 2026, conforme definido na Portaria n.º 410/2024/2, de 21 de março, do Gabinete da Secretária de Estado do Orçamento e Gabinete do Secretário de Estado da Mobilidade Urbana.
Só posteriormente será possível haver uma tomada de decisão sobre o modelo a tomar ao nível da contratação da extensão da rede do Metro do Sul do Tejo à Costa da Caparica e à Trafaria, bem como ter uma data mais aproximada referente ao início da exploração desta nova infraestrutura de transportes.
Este traçado encontra-se em fase de consolidação, o que se traduz no estudo de alternativas tecnicamente viáveis, que garantam a melhor ligação à Costa da Caparica e à Trafaria, com a necessária intermodalidade com os restantes modos de transporte. A evolução deste trabalho está ilustrada na Figura 2, que se designou como Traçado Base. Este traçado em estudo apresenta uma extensão com cerca de 7,3 km e inclui 10 estações.
Uma das principais alternativas ao Traçado de Referência, desenvolvidas até ao momento, é a proposta de prolongamento desta linha, numa extensão adicional até um local mais próximo do Terminal Fluvial da Trafaria, o que permitirá uma ligação direta entre o metro ligeiro de superfície e o transporte fluvial.
Assim, na estação terminal da Trafaria preconiza-se a criação de uma interface, assegurando a articulação do metro ligeiro com o modo fluvial, autocarros, táxis, TVDE e modos ativos. Está também a ser estudada a melhor solução para a implantação de estacionamento de apoio a esta interface.
Por outro lado, preconiza-se também a proposta de desenvolvimento de uma nova interface à entrada da Costa da Caparica, por deslocação do terminal de autocarros atualmente instalado junto da Torre das Argolas, devolvendo-se esse espaço público à cidade da Costa da Caparica. Na nova interface propõe-se a existência de um serviço intermodal entre o metro ligeiro, a Carris Metropolitana, um novo serviço de Transpraia, os Táxis e ainda um local para tomada e largada de passageiros, incluindo os TVDE, bem como a criação de um novo parque de estacionamento dissuasor e a inclusão de uma área para parqueamento de bicicleta. Esta interface será desenvolvida em harmonia com os estudos urbanísticos em desenvolvimento pelo Município de Almada, que incluem a requalificação urbana da zona de entrada na Costa da Caparica, assim como as ligações viárias à Rua do Juncal, assegurando o acesso ao novo Centro de Saúde e ao novo quartel dos Bombeiros da Costa da Caparica.
Este Projeto prevê a integração, sempre que possível, de corredores pedonal e ciclável ao longo do canal do metro ligeiro, com rebatimento nas principais estações. Este corredor será segregado do espaço dedicado ao metro ligeiro, garantindo sempre uma continuidade do percurso em modos suaves, entre o pólo universitário da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e a Costa da Caparica e Trafaria.
O Projeto encontra-se em fase de consolidação, designadamente, no que respeita às opções de Traçado.
Estando o presente Projeto sujeito ao regime jurídico de Avaliação de Impacte Ambiental, será, numa fase posterior, objeto de um procedimento formal de consulta (e debate) pública, que decorrerá por um período de 30 dias úteis, a promover pela Agência Portuguesa do Ambiente.
A atual fase de desenvolvimento do Projeto prevê a preparação dos estudos preliminares até à fase de Estudo Prévio, que deverá ficar concluído até ao final de 2026, conforme definido na Portaria n.º 410/2024/2, de 21 de março, do Gabinete da Secretária de Estado do Orçamento e Gabinete do Secretário de Estado da Mobilidade Urbana.
Só posteriormente será possível haver uma tomada de decisão sobre o modelo a adotar ao nível da contratação da extensão da rede do Metro do Sul do Tejo à Costa da Caparica e à Trafaria, bem como ter uma data mais aproximada referente ao início da exploração desta nova infraestrutura de transportes.
Atendendo ao exposto, importa realçar que a conclusão do Estudo Prévio acelerará a concretização da extensão da Linha 3 do Metro do Sul do Tejo até à Costa da Caparica e à Trafaria e o seu respetivo financiamento.