30ª Quinzena de Dança de Almada - Agarra a Minha Mão E...
Companhia de Dança de Almada
ESTREIA
22 e 24 set | 21:00
Teatro Municipal Joaquim Benite
De uma perspectiva europeia, muito daquilo que era tido como garantido deixou de ser percebido como tal. As sempre existentes guerras aproximam-se de nós. A pandemia faz-nos sentir como somos vulneráveis individualmente e como sociedade. As alterações climatéricas não podem ser negadas. Tentamos manter os nossos valores morais, conscientes da fragilidade dos mesmos.
Como anjos caídos, aterramos numa realidade há muito ignorada ou da qual nos sentíamos protegidos. Sentimo-nos expostos e vulneráveis. Sentimos o chão debaixo dos nossos pés a quebrar. O nosso sentimento de confiança está abalado.
Poderemos encontrar uma nova sensação de segurança numa altura em que as respostas religiosas já não são suficientes? Poderemos recuperar uma confiança que reforce os nossos valores sociais e éticos? Que estruturas sociais e ligações interpessoais são o tecido conjuntivo que realmente nos mantêm unidos? Onde poderei encontrar uma mão para me agarrar, não para mostrar o caminho, mas para caminhar ao meu lado?
Os anjos caídos perderão a graça e a proteção do seu Deus. Porém, não só sentem vulnerabilidade, dor e tristeza, como descobrem pertença, prazer e amor.
Criação: Tiago Manquinho
Coreografia: Tiago Manquinho em colaboração com os intérpretes
Interpretação: Bruno Duarte, Lúcia Salgueiro, Luís Malaquias, Mariana Romão, Miguel Pinheiro, Raquel Tavares e Vitor Afonso